ARENA

TCE usará informações da Lava Jato em processo da Arena de Pernambuco

O TCE já pediu as informações da delação premiada do ex-diretor da Odebrecht no Nordeste, João Pacífico, que ocorreu no âmbito da Operação Lava Jato

Da editoria de Política
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Publicado em 05/02/2018 às 16:40
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O TCE já pediu as informações da delação premiada do ex-diretor da Odebrecht no Nordeste, João Pacífico, que ocorreu no âmbito da Operação Lava Jato - FOTO: Foto: JC Imagem
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O conselheiro do relator do processo que apura irregularidades com relação à Parceria Público Privada (PPP) da Arena de Pernambuco no Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), Dirceu Rodolfo, disse, na manhã desta segunda-feira (05/02) em entrevista coletiva, que há indícios de conluio - combinação envolvendo empresas para prejudicar outra –. Nesse caso, a suspeita de conluio teria ocorrido entre a Odebrecht e outra construtora de atuação nacional. Ainda de acordo com Dirceu, e mais informações sobre esse assunto estão na delação premiada do ex-diretor da Odebrecht no Nordeste, João Pacífico, que ocorreu no âmbito da Operação Lava Jato, a qual revelou um esquema bilionário de corrupção envolvendo grandes construtoras, políticos e diretores da Petrobras.

“Devemos julgar os processos ainda este ano. Logo depois que as informações chegarem, notificaremos todos os envolvidos que terão um prazo de 30 dias para se manifestar”, conta Dirceu Rodolfo. Atualmente, quatro processos tramitam no TCE-PE sobre a Arena de Pernambuco. 

EMPREENDIMENTO

O estádio foi construído como uma Parceria Público-Privada entre a construtora Odebrecht e o governo de Pernambuco para receber os jogos da Copa das Confederações (em 2013) e a Copa do Mundo de 2014. No contrato assinado pelo Estado, a construtora implantou o empreendimento e faria a sua exploração nesse tipo de concessão. No entanto, ocorreu uma frustração das receitas previstas para a Arena de Pernambuco e, por causa disso, o governo do Estado teve que aumentar o repasse de recursos ao empreendimento. Com isso, a Fundação Getúlio Vargas e o TCE apontaram que não havia sustentabilidade na PPP e o contrato foi suspenso.Antes de romper o contrato, também foi assinado um Termo de Ajuste de Gestão (TAG) no TCE.

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