Advogados ligados ao Partido Socialista e Liberdade (PSOl) entraram, nesta quinta-feira (8) com uma representação no Conselho de Ética da Câmara Municipal do Recife contra a vereadora Michele Collins (PP).
No último domingo (4), em uma rede social, a missionária postou que estaria "clamando e quebrando toda maldição de Iemanjá". O texto gerou polêmicas entre os internautas e em religiosos de matriz africana e foi apagado pela vereadora.
Em documento os advogado Pedro Josephi e Danielle Portela, pré-candidata ao governo do estado pelo PSOL, alegaram que houve crime contra o sentimento religioso, injúria e intolerância religiosa. "A iniciativa de representar contra Michele Collins é um grito de respeito e contra o preconceito, em especial, que atinge as religiões de matriz africana. Se a Câmara ficar silente, passará uma imagem de complacência com atitudes e ações de intolerância como estas”.
Ainda segundo os requerentes da ação, a Comissão de Ética da Casa possui sete dias para analisar e decidir pela abertura do Procedimento Disciplinar contra a parlamentar. Eles ainda solicitaram uma expedição de cópia ao Ministério Público para que se investigue a prática dos crimes citados.
Resposta
Via assessoria, a vereadora esclareceu que "em nenhum momento teve a intenção de ofender ou propagar qualquer mensagem de ódio religioso. Todos sabem que a Missionária é veementemente contra qualquer intolerância religiosa, inclusive já deletou a postagem de suas redes sociais, diante dessa falha na elaboração do texto. A vereadora Missionária Michele Collins pede desculpas aos que se ofenderam."