Corrupção

Prefeitura de Catende é alvo de operação do MPPE contra desvio de verba pública

Segunda fase da Operação Gênesis cumpre mandados de busca e apreensão em Catende e em outras duas cidades. Em dezembro passado, MPPE desvendou esquema que desviou R$ 18 milhões de Quipapá

JC Online
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Publicado em 16/02/2018 às 8:25
Foto: Divulgação/MPPE
Segunda fase da Operação Gênesis cumpre mandados de busca e apreensão em Catende e em outras duas cidades. Em dezembro passado, MPPE desvendou esquema que desviou R$ 18 milhões de Quipapá - FOTO: Foto: Divulgação/MPPE
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A Prefeitura da cidade de Catende, na Mata Sul de Pernambuco, é o principal alvo de uma operação do Ministério Público estadual deflagrada na madrugada desta sexta-feira (16). De acordo com o órgão, trata-se da segunda fase da Operação Gênesis que, em dezembro de 2018, desvendou um esquema de desvio de dinheiro público no município de Quipapá, na mesma região do Estado. As cidades de Iati e de Garanhuns, no Agreste, também estão sendo foco dos investigadores.

Os agentes do Grupo de Apoio Especializado de Enfrentamento às Organizações Criminosas do MPPE (Gaeco), em parceria com a Polícia Civil, se concentram nos prédios da Prefeitura e da Secretaria de Saúde de Catende. Na cidade, os investigadores cumprem mandados de busca e apreensão de documentos, notas fiscais, procedimentos licitatórios e computadores. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, até alicates e pé de cabra foram utilizados para abrir portas e armários.

No total, foram expedidos quatro mandados para serem cumpridos em Catende e em Iati e Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Sedes da empresa Rodocar em todas as cidades foram visitadas pelos policiais. O MPPE não deu detalhes sobre como o esquema de corrupção atuava na cidade de Catende.

Operação Gênesis

A primeira fase da Operação Gênesis foi deflagrada no dia 14 de dezembro do ano passado. O Ministério Público de Pernambuco suspeitava que até R$ 18 milhões haviam sido desviados dos cofres públicos da cidade de Quipapá, por meio de fraudes em processos licitatórios. Na ocasião, foram expedidos 15 mandados de busca e apreensão.

"Há pelo menos sete empresas de fachada envolvidas", disse o coordenador do Gaeco, procurador de Justiça Ricardo Lapenda. "Vamos continuar com as investigações, por isso temos que manter a cautela e não podemos dar maiores detalhes para não atrapalhá-las", afirmou o promotor de Justiça, Frederico Magalhães.

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