PRIVATIZAÇÃO

Ministro espera aprovação da privatização da Eletrobras até junho

Fernando Coelho Filho deixa o ministério no dia 05 de abril e diz que vai lutar pela aprovação do projeto

Ângela Fernanda Belfort
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Ângela Fernanda Belfort
Publicado em 26/03/2018 às 12:44
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fernando Coelho Filho deixa o ministério no dia 05 de abril e diz que vai lutar pela aprovação do projeto - FOTO: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou que vai voltar ao Congresso Nacional - deixando a pasta no próximo dia 05 de abril - e trabalhar para aprovar o projeto de privatização da Eletrobras  (n 9463) com a expectativa de que o mesmo seja aprovado pelo Congresso Nacional até o final de junho. Antes de ser ministro, era deputado federal. Segundo ele, depois que o projeto for aprovado, será realizada uma assembléia geral da Eletrobras para fazer a emissão das ações no mercado de capitais.

“A Assembléia deve optar pela melhor data”, diz o ministro, sem definir o dia. Ele veio ao Recife participar do evento “O Planejamento Energético da Matriz Veicular do Brasil até 2030”, que está ocorrendo nesta segunda-feira (26/03) na sede da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) em Santo Amaro.

Para um público que incluiu a nata do setor sucroalcooleiro de Pernambuco, o ministro argumentou que “não é papel do governo estar colocando dinheiro em empresa mal gerida pelo governo”, disse, se referindo aos prejuízos gerados pela Eletrobras. E acrescentou: “Estamos dando a oportunidade da empresa se tornar uma das maiores do mundo”. De acordo com o ministro, a Eletrobras só responde por 15% da geração do País.

VENDA

Ele argumentou que a União está fazendo apenas uma venda de ações primárias da Eletrobras no valor de R$ 12 bilhões sem vender uma única ação do governo federal. Nesse tipo de projeto, a União continuará com as suas ações e serão vendidas ações novas para a iniciativa privada, que passará a ser sócia da Eletrobras e de uma das suas principais subsidiárias, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) que tem sede no Recife.

Ainda de acordo com o ministro, a União deixou de receber R$ 170 bilhões da Eletrobras nos últimos anos por causa do mau gerenciamento e o governo federal ainda fez um aporte mais R$ 40 bilhões na companhia, que perdeu 40% do seu valor no mercado.

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