LAGOA DO CARRO

MPF investiga 12 pessoas por desvio de verba de merenda na Mata Norte

Entre os 12 investigados está o ex-prefeito Jaílson do Armazém. O valor da licitação da merenda chegou a quase R$ 1 milhão

JC Online
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Publicado em 17/04/2018 às 17:23
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Entre os 12 investigados está o ex-prefeito Jaílson do Armazém. O valor da licitação da merenda chegou a quase R$ 1 milhão - FOTO: Foto: Reprodução/Google Street View
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O Ministério Público Federal (MPF) de Pernambuco investiga 12 pessoas por desvio de merenda escolar, no município de Lagoa do Carro, na Zona da Mata de Pernambuco. A chamada ''Operação Mata Norte" já encontrou quatro procedimentos licitatórios irregulares entre 2013 e 2016 realizados pela prefeitura do município. A licitação, realizada com verbas do Programa de Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica (PNAE), chegou a quase R$ 1 milhão.

De acordo com a investigação realizada pelo MPF, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF), a quadrilha que desviou o dinheiro é dividida em dois núcleos. No primeiro, estão o ex-prefeito de Lagoa do Carro Severino Jerônimo da Silva, conhecido como Jaílson do Armazém, o ex-pregoeiro Adeildo Marques dos Santos Jr., a ex-secretária de Educação Silvia Maria Santos Porto, o antigo secretário municipal de Assuntos Jurídicos Antônio Flávio Guerra Barreto, a ex-secretária de Finanças Talita Correia Dias de Almeida e o ex-assessor Jurídico Luiz Cavalcanti Petribu Neto.

No outro núcleo são investigados os empresários que participavam do esquema. Entre eles está Ricardo José de Padilha Carício, proprietário das empresas Radar Mercantil Ltda. e FJW Empresarial Ltda., que já havia sido denunciado pelo MPF no âmbito da Operação Torrentes. Além dele, são investigados Ricardo Henrique Reis dos Santos, Taciana Santos Costa, Jully Anne de Moraes Barros, João Henrique dos Santos e Eliab Américo Coutinho. Todos suspeitos de envolvimento no desvio.

Os envolvidos foram denunciados por fraudes em licitações e associação criminosa. Parte deles também é investigado pela prática de crime de responsabilidade, o que pode render 30 anos de prisão. O MPF ainda pede que seja decretada a perda dos cargos ou funções públicas e que seja fixada indenização mínima no montante dos valores superfaturados nos processos licitatórios.

 

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