Durante o evento que anuncia parte da chapa de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB), na manhã desta segunda-feira (11), o deputado federal Fernando Filho (DEM), diz que os socialistas fazem uma política de "querer confundir a população" quando atrelam o bloco de oposição ao governo de Michel Temer (MDB).
"O pessoal parece que esquece. O governador tinha cinco secretários e ele devolveu para votar a favor do impeachment (de Dilma Rousseff), 29 deputados do PSB votaram a favor do impeachment, isso é discussão eleitoreira, de uma política de querer confundir a população. Não somos a chapa de Temer, pois o MDB está lá com Paulo, Raul Jungmann está lá, deputados ao lado dele que votaram pelo impeachment e por matérias de Temer. Agora querem aliança com o PT, é só pegar vídeos do governador e do prefeito de como eles se referiam ao PT, não vamos fazer esse debate vamos falar da segurança que está um caos, do problema da saúde, do desemprego, Pernambuco é o estado que mais demitiu, e do desequilíbrio nas contas públicas", disse Fernando Filho.
Em Pernambuco, aliados de Paulo tentam adotaram a estratégia de colocar a oposição ao governador como um palanque do presidente Michel Temer, que bateu recorde de rejeição (82%) segundo o último levantamento da Datafolha. Ex-ministro de Minas e Energia durante a gestão de Temer, Fernando afirma que estava defendendo os interesses de Pernambuco. "Vamos ter a oportunidade de falar e defender conquistas e avanços. O governo e o presidente (Michel Temer) têm problemas e ele vai responder, ninguém aqui vai acobertar. Eu trabalhei para defender os interesses do Brasil e de Pernambuco não tenho constrangimento com isso", comentou.
CHAPA DE OPOSIÇÃO
Em coletiva em Boa Viagem, zona sul do Recife, o Grupo Pernambuco Quer Mudar anuncia Armando Monteiro e Mendonça Filho como candidatos ao governo e ao Senado, respectivamente. O grupo deixa em aberto a segunda vaga para o Senado e de vice. A expectativa é atrair o deputado estadual André Ferreira (PSC). Na base de Paulo, ele quer disputar o Senado, mas uma aliança entre PT e PSB pode direcionar as vagas para Humberto Costa (PT) e Jarbas Vasconcelos (MDB), e pode fazer André migrar para o lado de Armando. Já a vice pode ficar com o PSDB, nomes como o de Guilherme Coelho e do vereador André Régis já foram cogitados nos bastidores.
"Temos alguns dias até a convenção para definir o nome do vice e de outro senador. Com a oficialização da chapa, isso vai continuar numa crescente recebendo novos apoios. Tem articulação com muita gente, o importante é poder deixar as vagas em aberto para atrair o maior número possível, o que queremos é construir um novo projeto para o Estado e a gente não vai medir esforços para atrair o maior número de apoios possíveis", explicou Fernando Filho.