A maior parte dos entrevistados no levantamento do Ibope (43%) encomendado pelo JC em conjunto com a Rede Globo, divulgado ontem, consideram a administração do governador Paulo Câmara (PSB) ruim ou péssima, enquanto 18% a classificaram como ótima ou boa. Para 35% dos 1.204 eleitores pesquisados, o trabalho de Paulo é regular.
Questionados se aprovam “a maneira como o governador Paulo Câmara vem administrando o Estado de Pernambuco”, 61% dos consultados disseram desaprovar, com 31% para os que aprovam e outros 8% que não sabem/não responderam.
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Este é o primeiro mandato político de Paulo Câmara. Tem formação em ciências econômicas pela Universidade Federal de Pernambuco e com pós-graduação em contabilidade e controladoria governamental, além de mestrado em gestão pública, todos pela mesma instituição.
Começou a construir a carreira ao lado do então governador Eduardo Campos (PSB), de quem foi secretário de Administração (2007–2010), secretário de Turismo (2010) e secretário da Fazenda (2011–2014).
Apoiado na imagem do próprio Eduardo, que faleceu durante a campanha presidencial em 2014, Paulo foi o governador eleito com o maior percentual de votos do Brasil, mesmo em sua primeira disputa eleitoral.
Na época, o adversário principal também era Armando Monteiro Neto (PTB). O rival, aliás, tem repetido como mote de campanha que Paulo “não estava pronto” para governar Pernambuco.
O socialista defende a própria gestão dizendo que manteve o Estado de pé apesar, segundo ele, da maior crise econômica, política e ética por que já passou o Brasil. Argumenta ainda que os problemas identificados pela população foram, em sua maioria, causados por perseguição do governo do presidente Michel Temer.
Domingo, a Folha de S. Paulo publicou o Ranking de Eficiência dos Estados colocando Pernambuco como o quarto melhor do País. Na semana passada, a Amcham divulgou resultado de consulta a 100 empresários que colocam segurança e infraestrutura como principais entraves para se fazer negócios no Estado. E um levantamento da LCA Consultores mostrou que Pernambuco foi o Estado que registrou a maior queda de renda média real per capta em quatro anos, finalizados em março de 2018.