SAÚDE

Urologista chama atenção dos homens para o câncer de próstata

Consultas de rotina são importantes para evitar diagnósticos tardios do tumor

Do JC Online
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Publicado em 13/07/2012 às 16:41
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O câncer da próstata é atualmente o mais comum entre os homens, mas é o tipo de tumor cujas chances de sobrevida e de cura aumentam quando detectado na fase inicial. Para este ano, estima-se que sejam diagnosticados mais de 60 mil novos casos da doença no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca).

“Além disso, a doença tem causado cerca de 12 mil mortes anualmente no País. Esse número pode ser diminuído se a população masculina começar a dar mais valor às consultas de rotina com o urologista”, informou o chefe do Serviço de Urologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Carlos Corradi. Esse foi um dos recados que ele deu ontem, em palestra ministrada no Hotel Transamérica Beach Class, no bairro do Pina.

O evento, promovido pela OncoClínica, do Recife, reuniu urologistas de todo o Estado para marcar o Dia do Homem, lembrado neste domingo (15/7) em todo o Brasil. “Os homens ainda têm resistência para fazer exames preventivos, mas percebemos que esse comportamento tem mudado. As campanhas de conscientização têm ajudado a mudar esse cenário”, frisou Corradi, ao se referir às ações educativas engatadas pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), da qual será presidente no biênio 2014-2015.

O rastreamento do câncer da próstata envolve a dosagem do antígeno prostático específico (da sigla em inglês, PSA), o toque retal e a avaliação clínica. De acordo com Corradi, homens a partir dos 45 anos e que não têm casos de câncer de próstata na família devem se submeter ao exame do PSA anualmente. Aqueles que tem histórico familiar precisam recorrer ao check-up um pouco antes: aos 40 anos.

“Se forem apresentadas alterações no PSA ou no toque retal, já recomendamos a biópsia da próstata”, disse o urologista, que ressalta a importância do tratamento cirúrgico para o tumor. “A cirurgia ainda é o que mais temos de eficaz para a maioria dos diagnósticos da enfermidade. Quando bem indicada no estágio inicial da doença, pode ser curativa, especialmente se o câncer estiver localizado.”

Ainda segundo Carlos Corradi, a cirurgia evoluiu tanto que atualmente os pacientes que se submetem a essa intervenção raramente ficam com disfunção erétil e incontinência urinária. “Como conhecemos os nervos do pênis responsáveis pela ereção, conseguimos fazer a operação sem deixar o homem com impotência”, concluiu o urologista.

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