Persona

Sávio Araújo e sua munição grafite

Com o lápis sempre a postos, ele faz de tudo para embelezar o mundo

Bruna Cabral
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Bruna Cabral
Publicado em 03/11/2012 às 17:59
Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Com o lápis sempre a postos, ele faz de tudo para embelezar o mundo - FOTO: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Nascido em Garanhuns e adotado pelo Recife ainda menino, o pintor, caricaturista e escultor Sávio Araújo, 56 anos, ajudou a ilustrar o imaginário coletivo brasileiro. Ele fez caricaturas famosas de Os Trapalhões, concebe o Galo da Madrugada há vários Carnavais e adornou o Salão de Humor Gráfico, na Galeria Janete Costa. Workaholic, ele dá sempre um jeito de falar em trabalho, seja qual for o assunto em pauta.

JC – Como e quando descobriu que o lápis é uma arma poderosa?
SÁVIO – Muito cedo. Descobri que gostava de desenhar ainda na escola. Era meio bagunceiro, mas um dia a diretora da escola Dom Expedito Lopes, Valdeci Lira, percebeu meu talento e me deu a oportunidade de expor um desenho. Achei o máximo. Foi ali que percebi que poderia viver daquilo. Meu pai, Valter Vieira de Araújo, também me incentivou muito. Me ensinou. Ele trabalhava como comerciante, depois largou tudo e passou a viver de arte, aos 40 anos. Desenhava paisagens e fazia retratos.

JC – Onde o mundo tem traços mais bem acabados?
SÁVIO – Não sou dos mais versados em mundo. A verdade é que detesto viajar. Prefiro passear no sofá, na companhia de meus livros. Do que já vi, o Rio é a paisagem mais espetacular. Foi ali que Deus assinou sua obra.

JC – Está fazendo o quê para preservar o Rio e todos os outros tesouros da Terra?
SÁVIO – Caminho na praia catando lixo todo santo dia. Preservo minha capacidade de me indignar e não compactuar com certas modernidades. E também faço minha parte qualificando gente. Invisto muito em meus funcionários. Um deles, que começou a trabalhar comigo menino, é hoje meu sócio. Faço questão de ensinar minha equipe a trabalhar respeitando a natureza, que é a nossa casa.

 

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