Persona

Expedito Baracho é olindense por opção

Cantor potiguar radicado em Pernambuco fala da paixão pela Marim dos Caetés

Manuella Antunes
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Manuella Antunes
Publicado em 12/08/2013 às 17:17
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Cantor potiguar radicado em Pernambuco fala da paixão pela Marim dos Caetés - FOTO: Igo Bione/JC Imagem
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O cantor Expedito Baracho, 78 anos, deixou Jurucutu, no Sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte, ainda garoto, para viver em Olinda. Ele gostou da cidade. E a recíproca foi verdadeira. Tanto é que em 2001 ele recebeu o título de Cidadão Pernambucano. O artista boa-praça conversou com Manuella Antunes.

JC – Quando o potiguar veio para Pernambuco?
EXPEDITO BARACHO – Vim garoto. Com 12 anos. Ainda no século passado, em 1948. Viemos eu e minha mãe. Ela voltou e eu fiquei com uma tia. Mas saudade é fogo, viu? Meus pais não aguentaram e vieram viver em Olinda, de onde nunca saí.

JC – Gosta da cidade?
EXPEDITO – Gosto demais de Olinda, mas muito mesmo. Não sei viver em outro lugar. Aqui tenho meus amigos, passeio no calçadão, resolvo tudo que preciso.

JC – É boêmio?
EXPEDITO – Já fui. No tempo que eu bebia, frequentava tudo quanto era bar daqui de Olinda. Mas há 25 anos parei de beber e fumar. Hoje, sou muito caseiro.

JC – Qual sua rotina?
EXPEDITO – De manhã, geralmente resolvo alguma coisa do dia a dia. Como moro só, quando estou em casa normalmente deixo a televisão e o rádio ligados ao mesmo tempo. Sempre depois do almoço, dou uma cochilada. É sagrado.

JC – Gosta de futebol?
EXPEDITO – Sou apaixonado por futebol. Não vou a campo, mas tenho meu ritual. Vejo na televisão, sem som, e escuto a transmissão pelo rádio.

JC – Torce por algum time?
EXPEDITO – Sport Club do Recife. Desde que cheguei a Pernambuco.

JC – Como está sua expectativa para a Copa no Brasil?
EXPEDITO – Tá boa, viu? Ainda não estou acreditando muito, mas acho que o Brasil vai ganhar por causa da torcida, o 13º jogador. É semelhante ao apoio que recebo nos shows. É como se eu tivesse cantando e o público aplaudindo. A gente, o brasileiro, faz melhor.

JC – Hoje é Dia dos Pais. Alguma tradição especial?
EXPEDITO – Tenho quatro filhos. Duas mulheres e dois homens. Oito netos. Geralmente, a gente se reúne lá na casa da minha filha que mora em Apipucos. Todo mundo. E é uma festa.

JC –É avó coruja?
EXPEDITO – O camarada que disser que não é, está conversando, né? Com neto a gente brinca, se abraça, é uma alegria só. Mas a maioria dos meus já tão grandes. Tenho um casado. Homem feito.

JC – Qual o próximo desejo?
EXPEDITO – Ser bisavô. Eu digo: “Huginho, rapaz, vai deixar o avô morrer sem conhecer esse bisneto?” Ele sempre diz para eu ter calma...

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