Ativismo

Dia Mundial do Veganismo é festejado no Recife

Adeptos da dieta sem carne, nem derivados vão às ruas para conscientizar população sobre o sofrimento dos animais abatidos para consumo humano

Bruna Cabral
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Bruna Cabral
Publicado em 01/11/2012 às 10:35
Foto: JC Imagem
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Antes de atacar seu bife sangrento de hoje, pare e reflita. O ensejo é nobre. E a causa mais ainda. É que o 1º de novembro é celebrado em várias partes do mundo como o Dia Mundial Vegano. Nunca ouviu falar nisso? Nem imagina o que vem a ser o veganismo? Então aprenda. E, quem sabe, converta-se. Trata-se de uma filosofia alimentar baseada no respeito amplo e irrestrito a todos os animais. Um modo de vida que conquista cada vez mais adeptos mundo afora.

Segundo uma pesquisa recente publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), entre vegetarianos e veganos, o Brasil já conta com 15,2 milhões de ativistas à mesa. E o Recife, com 155,5 mil.

A professora universitária e membro da Sociedade Vegetariana Brasileira Bárbara Bastos engrossa essas fileiras. Para ela, ovo-lacto-vegetariana há quatro anos e vegana há oito meses, impor o mínimo de sofrimento aos animais é uma questão de respeito e cuidado com o planeta em que vivemos.

"Cresci achando que comer carne era normal e que os animais não sofriam pra virar comida. Mas não é bem assim. Não mesmo. O fato de eles não terem voz e não poderem se defender não justifica explorá-los e torturá-los", argumenta Bárbara, mãe de um veganinho com apenas três anos de idade.

O movimento, criado na Inglaterra, nos idos de 1944, como uma espécie de dissidência extremista do vegetarianismo, será celebrado hoje por várias entidades em diversos pontos do Recife. O principal evento da programação acontece entre as 13h e as 17h, na Praça do Diário, Bairro de Santo Antônio, com organização dos grupos Ativeg e Veddas.

"Exibiremos vídeos sobre a exploração de animais, iremos expor cartazes e banners e faremos panfletagem para sensibilizar a população", diz Alana Barros, 20, estudante universitária, membro da Ativeg, vegetariana há cinco anos e vegana há poucos meses. "Para quem se preocupa com os direitos dos animais, o veganismo faz mais sentido que o vegetarianismo, por exemplo, porque é mais amplo. Pauta nossas escolhas alimentares, mas também de vestuário, de consumo, de lazer, de tudo."

Para adeptos, militantes, ativistas e curiosos, alguns restaurantes da cidade oferecerão pratos veganos no cardápio de hoje. O Vegetariano (3423-3638), na Rua Conde d’Eu, na Boa Vista, é um deles. Criado há 12 anos por duas vegetarianas, a casa servirá hoje uma feijoada vegana pra ninguém botar defeito, das 11h30 às 14h.
"Essa história de que comida vegetariana não tem sabor é preconceito", diz a cozinheira do restaurante, Luciene Paz, “convertida” à dieta sem bichinhos há 9 anos. "Pizza, cozido, dobradinha, fava, a gente faz e serve de tudo aqui. Abdicar da proteína animal não significa comer mal de jeito nenhum", assegura.

Também na Boa Vista, o restaurante Govinda (3221-4202), é outro que vai servir feijoada sem saliência, nem sacrifício animal, das 11h30 às 14h30. Já no Papaya Verde (3241-6342), no Espinheiro, o bolinho de soja, o hambúrguer de grão de bico e outros quitutes livres de sofrimento farão parte do bufê de hoje, tanto no almoço quanto no jantar. Pense bem antes de dar a próxima garfada.

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Salada crua com cenoura, repolho e alface - Foto: JC Imagem
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Pizza integra com tofu e cenoura - Foto: JC Imagem
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Pastel integral de tofu - Foto: JC Imagem
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Arroz integral com gergelim - Foto: JC Imagem
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Sopa missoshiro - Foto: JC Imagem

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