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E-sports: faltam patrocínio e reconhecimento

Apesar dos avanços nessa área, os jogadores ainda têm dificuldade para se profissionalizar

Amanda Souza
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Amanda Souza
Publicado em 05/02/2014 às 11:17
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Apesar dos avanços nessa área, os jogadores ainda têm dificuldade para se profissionalizar - FOTO: Foto: Divulgação
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Apesar de os e-sports estarem avançando a passos largos no país verde e amarelo, os praticantes ainda encontram dificuldades para se profissionalizar. O ex-ciberatleta Yuri Figueiredo explica que conseguir patrocínio é um dos entraves.“Times que ganham a Go4LOL, que é um campeonato amador online, sofrem pra conseguir qualquer tipo de apoio para participar de eventos maiores. É preciso um incentivo maior para que os e-sports no Brasil alcancem a importância que têm no exterior.”

O universitário e jogador de LOL, Renato Carvalho, acredita que, para a modalidade ganhar visibilidade no País, ainda é preciso acabar com o preconceito acerca do assunto. O pernambucano também acredita que, assim como em outros esportes, é necessário uma diferenciação entre os que jogam profissionalmente e os que o fazem por diversão.“Da mesma forma que aconteceu com o futebol, por exemplo, é preciso diferenciar o que é um profissional, que treina e estuda o game para criar novas estratégias de jogo, e um amador, que joga para se distrair”, diz.

Raciocínio lógico, trabalho em equipe e liderança são algumas das características que aproximam os e-sports dos esportes tradicionais. Os jogos digitais ainda estimulam os sentidos e reflexos, a competitividade e o prazer, pois, para os praticantes, eles são um meio de relaxar as tensões e se divertir. Mas, de acordo com os mais tradicionais, a falta de atividade física é um dos motivos que levam ao questionamento sobre a possibilidade de os jogos virtuais serem realmente considerados esporte.

O sedentarismo e as seguidas horas sentados pode ser prejudicial para a saúde dos jogadores. “O corpo precisa de exercícios físicos para desenvolver suas pontencialidades. Esportes físicos ajudam a manter não só a saúde do corpo, mas também a mental. Os jogos digitais não oferecem esse tipo de movimentação”, explica o jogador de futebol americano Vinícius Elihimas.Praticando a modalidade há mais de um ano pelo time Recife Pirates, ele diz que se diverte muito com jogos eletrônicos, mas não acredita que eles devam ser vistos mais do que jogos para o entrentenimento.

A universitária Mariana Almeida, que joga LOL há mais de um ano, defende que a ausência de exercício físico não é um empecilho para que os e-sports sejam reconhecidos. “A rotina de treinamento e os campeonatos são semelhantes aos tradicionais. São necessárias horas de treino e muita disciplina. Além disso, se os esportes virtuais não podem ser considerados como esportes por causa da falta de atividade física, o que dizer então do xadrez ou do jogo de damas e demais esportes de tabuleiro, que são realizados há séculos pelo mundo?”, questiona.

O abaixo-assinado online do site Torch for gaming pretende reunir assinaturas para que os jogos eletrônicos sejam incluídos nas Olimpíadas. O documento já reuniu mais de 90 mil assinaturas em 210 países por todo o mundo.
O diretor-executivo do australiano Gamer Institute, Daniel Grzelak, manifestou-se a favor da causa. Segundo ele, os esportes eletrônicos têm mais expressão do que alguns outros que são considerados jogos olímpicos, como o nado sincronizado e o hipismo.

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