Em tempos de alta de combustível nos postos, o motorista vem se desdobrando para tentar gastar menos gasolina. A saída mais drástica para economizar é deixar o carro na garagem, mas todos sabem que não é a melhor opção. Até porque nem todo mundo pode largar o veículo em casa e usar outro meio de transporte. O automóvel é uma ferramenta indispensável para muitos, inclusive, o ganha pão de vários. Então qualquer economia que o motorista consiga vai fazer a diferença nas despesas do final do mês. Para ajudar essa turma a gastar menos, a reportagem do Jornal do Commercio conversou com especialistas para pegar uns macetes sobre dirigir com economia. São dicas simples que passam por mudanças de hábito no volante e que podem fazer toda a diferença no final.
Para quem não vai trocar o carro por um mais econômico – como sugerimos na capa deste caderno – a saída é fazer o veículo que se tem na garagem render mais. O primeiro conselho de especialistas é investir na manutenção básica. Deixar o automóvel ajustado custa pouco e resulta em economia de combustível. Um modelo revisado pode garantir redução de até 20 de gastos com gasolina sem grandes sacrifícios. O diretor da Alpha Consultoria Automotiva, Alexandre Costa, diz que o simples ato de calibrar os pneus, alinhar direção e balancear as rodas já representam uma grande ajuda para aumentar a eficiência energética do veículo. Segundo ele, pneu um pouco murcho, rodas que vibram e direção que puxa para um lado é problema. “Tudo isso é arrasto desnecessário, força o motor e faz o carro gastar mais”, diz o especialista. A regra para adiar a ida ao posto de gasolina é manter a manutenção do automóvel em dia.
COMBUSTÍVEL
Mas mecânicos dizem que nem todos precisam ir a uma oficina para começa a economizar. Basta guiar de forma correta. Um conselho é não forçar o carro nos primeiros quilômetros para dar tempo que o motor aqueça e atinja a temperatura ideal de funcionamento. Uma segunda dica é não arrancar bruscamente quando o semáforo abre para ter de frear bruscamente mais à frente. Nesses casos a recomendação é usar o freio motor, ou seja, deixar o carro rolar com a marcha alta engrenada até perder velocidade e aí sim, pise no freio.
Alexandre Costa lembra que planejar os horários para evitar engarrafamentos também é uma forma de poupar combustível. Existem ainda estratégias como, por exemplo, desligar o ar-condicionado quando estiver perto de chegar ao destino. São essas pequenas economias diárias que vão fazer a diferença no bolso do motorista ao final do mês. A conta é simples, diz ele: quem gasta R$ 100 de combustível por semana, se conseguir economizar 10% no período, vai desembolsar cerca de R$ 40 a menos em 30 dias. Por ano, a economia será de quase R$ 500.
Os cuidados com o gasto de combustível podem ser aplicados na cidade ou rodovias. Na estrada, um dos conselhos é ir um pouco mais devagar. Qualquer carro gasta pelo menos 20% mais combustível quando conduzido acima de 100 km/hora. Se a meta é evitar o desperdício, a regra é pegar leve. Claro, o motorista também tem que ter o bom senso de não dirigir lento demais numa rodovia para não atrapalhar o fluxo do trânsito.