PRISÃO

Agente penitenciário envolvido em tiroteio na Zona Sul do Recife será encaminhado ao Cotel

O policial penal cumprirá a prisão preventiva determinada no dia 6 de setembro

Danielle Santana
Cadastrado por
Danielle Santana
Publicado em 18/09/2020 às 17:23 | Atualizado em 05/10/2020 às 17:47
DAY SANTOS/JC IMAGEM
Major e de agente penitenciário envolvidos em tiroteio em Boa Viagem tiveram prisão preventiva decretada em 6 de setembro - FOTO: DAY SANTOS/JC IMAGEM

O agente penitenciário que se envolveu em uma troca de tiros com um major da Polícia Militar, no dia 5 de setembro, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife receberá alta médica nesta sexta-feira (18) e será encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Internado desde o dia do tiroteio que deixou três vítimas fatais e quatro feridos, ele passará a cumprir a prisão preventiva determinada pelo TJPE no dia 6 de setembro.

Segundo testemunhas, a confusão teria sido iniciada após uma discussão entre o agente penitenciário e um policial militar. No dia da troca de tiros, três armas foram apreendidas no local e encaminhadas ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), responsável por investigar o caso. O major da PM envolvido no tiroteio continua internado sob custódia policial. Quando receber alta, ele também deverá ser encaminhado ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), em Abreu e Lima.

A Secretaria de Defesa Social (SDS) instaurou um procedimento administrativo disciplinar para investigar a conduta dos policiais envolvidos no caso. As medidas administrativas para os servidores serão definidas após a conclusão das investigações

RELEMBRE O CASO

A troca de tiros aconteceu no Bar do Primo, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife depois de um desentendimento entre um policial penal e um major da PM. Além dos envolvidos na confusão, outras cinco pessoas foram atingidas pelo disparos que deixaram três vítimas fatais. Um homem faleceu no local e outro veio a óbito em uma unidade hospitalar depois de ser socorrido, a terceira vítima fatal morreu quatro dias depois. Segundo testemunhas, os mortos eram clientes do bar mas não estavam envolvidos na briga.

Os mortos

* Cláudio Bezerra Bandeira de Melo Sobrinho, 57 anos, dono de uma oficina mecânica. Era casado e não tinha filhos. Segundo testemunhas, era cliente do bar e estava numa das mesas vizinhas ao do policial penal. Levou um tiro nas costas e foi socorrido com vida para o Hospital da Restauração. Mas não resistiu e morreu

* Ekel de Castro Pires, 62 anos, corretor de imóveis. Era casado e tinha quatro filhos. Morava perto do bar e costumava frequentá-lo. Estava na mesma mesa que Claudio. Morreu no local

* George Mauro de Carvalho Vasconcelos, 70 anos, passou por neurocirurgia após ter levado um tiro no rosto, perto do olho. O paciente foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na quarta-feira (9) quando veio a óbito

Os feridos

* José Dinamérico Barbosa da Silva Filho, 49 anos. Major da Polícia Militar, foi um dos envolvidos na discussão. Está internado no Hospital Português

* Ricardo de Queiroz Costa, 40 anos. Policial penal, também foi um dos envolvidos na briga. Estava internado na UTI do Hospital Santa Joana e será encaminhado ao Cotel. Segundo sua esposa, ele levou três tiros: um no punho, que provocou fratura exposta; outro no joelho e o terceiro na pélvis. Esse último perfurou bexiga e intestinos

* Eva Valéria Alves do Nascimento, 55 anos. Está internada no Hospital Português, com quadro estável. Levou um tiro de raspão num dos braços. Era uma das clientes do estabelecimento. Informação extraoficial é que ela é esposa de um policial que estava na mesa com o major Dinamérico

* George Mauro de Carvalho Vasconcelos, 70 anos. Estava na mesma mesa que Ekel e Claudio, os dois que morreram. Está internado no Hospital da Restauração em estado grave. Levou um tiro no rosto, perto do olho. Passou por uma cirurgia na noite de sábado

* Eduardo Bernardo Pereira Gomes Insfran, 55 anos. Levou um tiro de raspão no abdômen, mas recebeu alta. Ele é filho do cônsul do Paraguai no Recife, Guillermo Insfran. Era um dos clientes e não conhecia os dois homens que participaram da briga

Comentários

Últimas notícias