Governadores articulam cota extra de vacinas contra a covid-19 para o Amazonas, com colapso na saúde

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José Matheus Santos

Publicado em 22/01/2021 às 9:08
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Governadores articulam, desde a noite desta quinta-feira (21), a reserva de cotas extras de vacinas contra a covid-19 para o Amazonas, diante da crise na saúde do estado com o avanço da covid-19 e até falta de oxigênio em hospitais.

A ideia foi proposta pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT-PI), coordenador do Fórum Nacional dos Governadores na temática de Vacina.

“Amigos, o que vou defender aqui é uma questão humanitária. Participei agora de GT sobre Manaus e situação é muito séria e já se espalha na região. Transmissibilidade alta. Foi apresentada por equipe técnica a destinação de uma cota de vacina da nova remessa p lá. Se vamos receber 2,5% liberar 5% para AM. Tira 5% do total e faz a partilha do restante. Se são 6.000.000 de doses por exemplo, então enviar 300.000 para Amazônia. E os demais Estados na proporção de cada um, os 5.700.000. Defendo apoiar esta medida. Quem concorda?”, escreveu Wellington Dias.

A discussão se deu por meio do grupo de WhatsApp dos governadores.

Em seguida, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), disse que a situação no estado é preocupante e alertou que poderá se alastrar por outros locais do Brasil.

“Amigo Wellington e demais governadores, nossa situação é de fato muito preocupante e logo irá atingir outros estados. E agradeço imensamente a todos pelo apoio nesse sentido”, afirmou Wilson.

Em seguida, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), solicitou que o Oeste do Pará fosse incluído na cota extra, já que o Oeste do estado, região de divisa com o Amazonas, também sofre impactos da crise no estado vizinho.

”Concordo, aproveito e peço ajuda para incluir o Pará, estou no Oeste do Estado (área divisa), aqui a segunda onda chegou”, disse Helder no grupo de WhatsApp. ”Seria para os municípios do Estado do Pará que estão sofrendo com o avanço, temos que tentar uma barreira de imunidade”, defendeu Helder.

A expectativa é de que as cotas extras sejam reservadas entre as próximas doses que serão enviadas ao estado. 

Além de dois milhões de doses da vacina de Oxford/Astrazeneca chegam nesta sexta-feira (22) ao Brasil após importação da Índia, a expectativa é de que, nas próximas semanas, sejam liberadas ainda 4,8 milhões de doses da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, após aprovação do uso emergencial da nova remessa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A diretoria colegiada da Anvisa se reúne na tarde desta sexta-feira para votar sobre o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da CoronaVac no Brasil.

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