Empetur simula plano de demissões com custo de R$ 9 milhões e assusta trade

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jamildo

Publicado em 28/01/2021 às 16:00
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Por um suposto descuido, a empresa que fez os estudos de viabilidade econômica da concessão do Centro de Convenções (Cecon) levou ao ar na internet uma planilha mostrando que a Empetur tem um grupo de cerca de 150 empregados com tempo de aposentadoria, mas ainda na ativa.

O chamado caderno de colaboradores, disponível abaixo, cogita até um PDV, mas a Secretaria de Turismo se apressou em informar que não existe relação direta com a privatização do empreendimento e que não há decisão técnica ou política sobre um plano de incentivos.

A Setur admite que muitos servidores ficarão sem função com a venda do Cecon, mas ao mesmo tempo precisará de quadros para fiscalizar a concessão. Outros podem trocar de atividade, cedidos a outras áreas do Estado, como Cais do Sertão ou Arena. Desde a elaboração da lista, em novembro, dois servidores já morreram.

O abacaxi da Empetur, com ou sem PDV, pode ser decidido em até dois anos, tempo que o grupo privado que arrematar o Centro de Convenções assumirá as funções, formando equipe própria. Uma das possibilidades é usar o produto da venda para bancar os desligamentos incentivados, se houver aprovação da Sefaz e governador Paulo Câmara.

Surpresa com o valor

De acordo com a planilha obtida pelo blog, a estatal gastaria R$ 9 milhões com as demissões incentivadas se mandasse para casa todos os cerca de 150 servidores aposentados e tiraria das costas uma despesa mensal de R$ 325 mil.

Anualizado, daria uma economia de mais de R$ 6 milhões em despesas. Em um ano e meio a estatal compensa o PDV, mas os dirigentes frisam que não há nenhuma decisão neste sentido, muito pelo contrário, em reconhecimento ao trabalho dos servidores todos estes anos.

"Fiquei incrédulo quando vi a planilha. A quantidade é absurda ", diz um empresário do setor turístico local, em reserva ao blog. "É uma fortuna esse PDV. Foi um descuido enorme aquela planilha"

A estatal de promoção do turismo local também fez questão de informar ao blog que não há nenhuma ilegalidade na manutenção dos contratos. "Até novembro de 2019, não se extinguia o contrato de trabalho com a aposentadoria e o servidor podia permanecer trabalhando. A regra mudou e hoje não poderia mais", esclareceu a Empetur.

 

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