Setor de serviços em Pernambuco tem queda leve e vai na contramão do Brasil em fevereiro, aponta IBGE

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José Matheus Santos

Publicado em 15/04/2021 às 11:52
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Pernambuco foi um dos nove estados brasileiros que registraram queda no volume de serviços em fevereiro, ainda que essa retração tenha sido de 0,3%, próxima à estabilidade. O desempenho negativo contrasta com o percentual alcançado pelo Brasil, que avançou 3,7% no setor e, com o resultado, conseguiu superar pela primeira vez o nível pré-pandemia.

No caso de Pernambuco, ainda faltam 5,5 pontos percentuais para que as atividades de serviços cheguem ao mesmo patamar de fevereiro de 2020, último mês antes da imposição de medidas de distanciamento social por conta do novo coronavírus.

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As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo IBGE.

Na comparação entre fevereiro de 2021 e o mesmo período do ano passado, houve uma retração de 10,3% nos serviços no estado, enquanto a queda na média brasileira foi menos acentuada, de 2%. A variação acumulada no primeiro bimestre seguiu a mesma tendência, com redução de 3,5% no país e 10,6% em Pernambuco. O acumulado do ano teve queda ainda maior, de 8,6% no Brasil e 14,6% no estado.

Todas as cinco atividades de serviços pesquisadas pelo IBGE tiveram queda na comparação entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021. O segmento com o pior desempenho foi, mais uma vez, o de Serviços prestados às famílias. Em fevereiro de 2021, a queda foi de 16,2% frente ao mesmo período do ano passado.

Essa atividade, que inclui 23 tipos de serviços, como hotéis, bares, restaurantes, salões de beleza, espetáculos de artes cênicas e atividades esportivas em geral, apresenta sucessivos índices negativos desde março de 2019, mas a pandemia ocasionou quedas ainda mais significativas ao longo de 2020. O setor também tem os índices mais desfavoráveis nas variações acumuladas tanto do primeiro bimestre (-22,2%) quanto dos últimos doze meses (-46,2%).

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Já os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio tiveram a segunda retração mais acentuada, de 11,3%, seguido pelos serviços profissionais, administrativos e complementares, que incluem, por exemplo, seleção de mão de obra, atividades jurídicas e alugueis não imobiliários, como locação de veículos, cujo recuo foi de 10,5%. A categoria Outros serviços, como compra, venda e aluguel de imóveis, atividades de apoio à agricultura, à pecuária e gestão de resíduos sólidos teve redução de 9,5% e a menor queda, de 5,9% ficou por conta dos serviços de informação e comunicação.

Pernambuco teve alta superior à média nacional nas atividades turísticas

Na fase final da alta temporada, no verão, tanto Pernambuco quanto o Brasil registraram aumento nas atividades turísticas em fevereiro. Enquanto o estado registrou índice de 4,9%, a média brasileira foi de 2,4%. O estado ficou em terceiro lugar entre as 12 localidades nas quais o IBGE pesquisa esse tipo de atividade, atrás apenas de Goiás (9,1%) e Minas Gerais (6,8%), que tiveram desempenho negativo.

Assim como acontece com os demais segmentos de serviços, o turismo pernambucano ainda não repôs as perdas sofridas pelo setor desde março de 2020. Pernambuco ainda precisa avançar 22,8% para recuperar os índices pré-pandemia. Além disso, quando se compara o desempenho de Pernambuco entre janeiro de 2021 e o mesmo mês do ano passado, a queda é de 22,2%. Já os índices do Brasil registram uma redução ainda mais intensa, de 31,1%.

No acumulado do bimestre, a retração continuou menor em Pernambuco (-23,4%) do que no Brasil (-30,1%). A variação acumulada dos últimos 12 meses apresenta uma retração ainda mais significativa em ambos os casos, de 42,3% na média pernambucana e de 43,6% na média nacional.

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