Álvaro Porto critica João Paulo e sai em defesa do agronegócio como gerador de alimentos, divisas e empregos

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jamildo

Publicado em 04/05/2021 às 13:30
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Representante do Agreste Meridional na Assembleia Legislativa e comprometido com os pleitos dos produtores agropecuários, o deputado Estadual Álvaro Porto (PTB) endossou, nesta terça-feira (04.05), a nota da Sociedade Nordestina de Criadores em desagravo às críticas feitas em reunião plenária pelo deputado João Paulo (PCdoB) que atribuiu ao agronegócio o adjetivo de setor “tóxico” por, segundo ele, contribuir para a fome e destruição do meio ambiente.

De acordo com Porto, há injustiça e equívocos nas declaração do parlamentar comunista.

“Os números falam por si. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio teve uma expansão recorde de 24,31% em 2020, segundo dados a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, a CNA. Com esse resultado, o setor ampliou para 26,6% sua participação no PIB total do país no ano passado, contra 20,5% em 2019”, observa.

Porto lembra que, além de abastecer a mesa do brasileiro, o agronegócio responde, ano após ano, por recordes nas exportações.

“Dados de janeiro a julho de 2020 do Ministério da Agricultura e Pecuária, apontavam que o país enviou ao exterior 131,5 milhões de toneladas de produtos agrícolas por US$ 61,2 bilhões, valor 9,2% acima do mesmo período de 2019. No fechamento do ano, em plena pandemia, as exportações do setor chegaram a US$ 100,81 bilhões, ultrapassando os US$ 96,9 bilhões apurados em 2019 e batendo o recorde histórico de US$ 101,2 bilhões de 2018”.

"Há que destacar que neste contexto o país reafirmou sua condição de maior produtor e exportador global de soja. Segundo dados da Secretaria do Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério da Economia, o país vendeu, em 2020, 82,978 milhões de toneladas ao exterior, alta de 12% ante 2019, que havia fechado em 74,063 milhões de toneladas. Sozinhas, as exportações de soja em grão representaram 81,1% do valor exportado e alcançaram o segundo maior montante da série histórica, com US$ 28,56 bilhões e 82,97 milhões de toneladas. Do mesmo modo, o país se manteve no posto de maior exportador de carne bovina (in natura e processada. Em 2020, as exportações atingiram o recorde de 2,016 milhões de toneladas, um crescimento de 8% na comparação com as 1,875 milhão de toneladas verificadas em 2019."

Além disso, destaca Porto, na contramão de outros setores da economia, o agronegócio teve, em 2020, o melhor resultado na geração de empregos em dez anos.

O deputado cita levantamento da CNA, divulgado em fevereiro deste ano, que mostra que, mesmo com a pandemia e performances abaixo das previsões na criação de novas vagas de trabalho, o agro gerou 61.637 novos postos com carteira assinada, chegando ao melhor desempenho desde 2011, quando o saldo foi de 85.585 contratações.

Álvaro Porto enfatiza que Pernambuco tem no agronegócio os maiores números alguns dos principais percentuais na exportações do estado.

"O açúcar de cana responde por 26% e mangas e uvas frescas, por 14%. O deputado lembra que o cultivo de frutas e a vitivinicultura do Sertão do São Francisco são referência no país, gerando divisas e empregos, assim como setor avícola que responde atualmente pela produção de 10 milhões de ovos/dia e de 14 milhões de aves por mês".

Além disso, observa ele, a bacia leiteira do estado, mesmo enfrentando crises por conta de períodos de estiagem e, agora, com a pandemia, segue respondendo por uma fatia significativa da economia do Agreste, abastecendo queijarias artesanais e aquecendo o comércio de carnes. Porto frisa que foi justamente o potencial da pecuária da região que atraiu para Canhotinho o frigorífico da Masterboi, unidade industrial que está sendo construída com investimentos da ordem de R$ 120 milhões.

O empreendimento vai gerar 800 empregos diretos e outros 3 mil indiretos e terá capacidade de abater 500 bois e processar 250 toneladas de carne/dia, incluindo suínos, caprinos e ovinos. “A capacidade de produção do frigorífico vai exigir melhoramento e aumento de rebanhos, demanda que representará um crescimento gigantesco de negócios para os produtores locais, gerando renda, desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida pra quem vive no Agreste. Ou seja, o agronegócio é fundamental para abrir fronteiras econômicas e transformar realidades”, afirma.

O deputado faz questão de reconhecer a importância fundamental e o papel da agricultura familiar em Pernambuco e no país, tanto na produção de alimentos como na criação de condições para manter os produtores no campo. Porém, diz que não é justo incriminar o agronegócio.

“Cada setor tem sua função e relevância social e econômica. Como salienta a Sociedade Nordestina de Criadores, o agronegócio responde pelos resultados mais expressivos da balança comercial brasileira, gerando emprego e renda a todas as regiões do País.

Ainda se referindo à nota da entidade, Porto reitera que Pernambuco é destaque no setor sucroalcooleiro, no qual emprega maciçamente o homem do campo, sendo ainda o quarto maior produtor de ovos do Brasil, possuidor de aproximadamente 25% do rebanho de caprinos do País, além de significativa bacia leiteira.

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