Pagamento do auxílio emergencial ajuda na recuperação da imagem de Bolsonaro

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jamildo

Publicado em 11/05/2021 às 16:00
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Nos destaques, a XP Investimentos frisa que a rodada de maio da pesquisa XP/Ipespe mostra relativa estabilidade na avaliação do governo Jair Bolsonaro, com aumento dentro da margem de erro tanto da parcela que considera a gestão ótima e boa (de 27% para 29%) quanto do grupo que a avalia como ruim ou péssima (48% para 49%).

A acomodação nas pontas é permitida por uma redução no grupo que vê o governo como regular, que caiu de 24% para 20%.

Outros indicadores, no entanto, dão sinais de arrefecimento na avaliação negativa sobre ações do governo.

Cresceu de 23% para 26% o grupo dos que consideram que a economia está no caminho certo --e oscilou de 65% para 63% os que acham que está caminho é errado.

Também teve oscilação para cima, de 21% para 22%, os que veem como ótima e boa a ação de Bolsonaro para enfrentar o coronavírus.

De acordo com o levantamento, há ainda melhora na percepção da população sobre o momento da pandemia. Caiu de 55% para 50% o grupo que diz estar com muito medo do surto de coronavírus. Também cresce a disposição da população em se vacinar contra a doença: a soma dos que já receberam o imunizante com os que dizem que irão se vacinar com certeza atinge 90%, o maior resultado até aqui.

Em tendência contrária, os que não irão se vacinar com certeza somam 3% --eles eram 11% no início de 2021.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional de 4 a 7 de maio. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais para o total da amostra.

Os entrevistados foram questionados também sobre a CPI da Pandemia --70% dizem ter tomado conhecimento de seu funcionamento e 67% aprovam a instalação da comissão, mas apenas 46% dos que disseram ter conhecimento dela avaliam que atingirá seu principal objetivo.

Entre os dois caminhos de apuração possíveis, 45% avaliam que o principal objetivo é apurar falhas do governo federal, enquanto 35% dizem que é investigar irregularidades no uso de recursos por estados e municípios.

A CPI da Pandemia na opinião pública

70% dos entrevistados tinham conhecimento da CPI da Pandemia. E mais de dois terços, 67%, aprovam a sua instalação, contra apenas 17% que se dizem contrários.

As versões do governo e da oposição sobre a principal tarefa da comissão se refletem nas percepções da opinião pública.

E a versão da oposição está na dianteira: 45% acham que o principal objetivo será a apuração das ações e das falhas do governo federal, enquanto 35% dizem que a prioridade será a apuração dos eventuais desvios de recursos nos estados e municípios.

A pesquisa foi realizada na primeira semana dos trabalhos. Daqui para a frente deve aumentar a repercussão dos mesmos .

Com maioria de opositores e independentes o noticiário negativo para o governo gerado a partir dela poderá refrearem parte a recuperação da imagem do presidente. Que prometia ser mais veloz com a volta do Auxílio Emergencial e à medida que avançasse a vacinação, diminuindo a elevada desaprovação do governo no combate à pandemia - a qual continua com 58% de Ruim/ Péssima e apenas um ponto a mais de Ótima/Boa (22%).

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