Situação financeira da pequena indústria piora com segunda onda da pandemia

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jamildo

Publicado em 13/05/2021 às 13:00
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Os impactos da segunda onda da pandemia de Covid-19 foram sentidos na atividade das indústrias de pequeno porte no primeiro trimestre de 2021.

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o Índice de Situação Financeira caiu de 43,1 para 37,8 pontos.

A piora é resultado da queda do faturamento e da produção, além da dificuldade de acesso ao crédito e à alta do preço dos insumos. Entretanto, no Panorama da Pequena Indústria, o Índice de Perspectiva teve aumento e sugere otimismo para os próximos meses.

“A suspensão das linhas de financiamento emergenciais voltadas às pequenas indústrias, em razão do término do estado de calamidade, impactou negativamente o acesso ao crédito pelo segmento e resultou no recuo de 5,3 pontos do indicador”, destaca o relatório técnico.

Ainda assim, o indicador manteve-se acima da sua média histórica de 37,4 pontos.

O recuo na produtividade e nas vendas impactam diretamente o fluxo de pagamento das micro e pequenas empresas (MPEs), podendo levar muitas delas a encerrar suas atividades nos próximos meses.

Um dos mecanismos que pode auxiliar a vida financeira das MPEs é o Marco Legal do Reempreendedorismo, criado pelo Projeto de Lei Complementar (PLP) 33/2020, que aguarda aprovação na Câmara dos Deputados. Para a CNI, quando aprovada, a nova legislação permitirá a adoção primordial da renegociação extrajudicial, por ser mais simples e barata.

Além disso, essa medida ainda cria um incentivo a renegociação dos contratos, geralmente usados na aquisição de máquinas e equipamentos essenciais para a atividade das MPEs, que contribui para o restabelecimento adequado do fluxo de pagamentos.

“Com o agravamento da situação econômica do país em razão da pandemia de Covid-19, é urgente a aprovação do projeto na Câmara, para que MPEs tenham um mecanismo efetivo de negociação de dívidas”, explica o superintendente de Desenvolvimento Industrial da CNI, João Emilio Gonçalves.

“Acreditamos que o Marco do Reempreendedorismo impedirá que mais empresas endividadas fechem as portas, prejudiquem ainda mais a economia e aumentem o desemprego”.

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