Na última semana da eleição de 2020 para a Prefeitura do Recife, o ex-prefeito João da Costa (PT) prometeu, em publicação no Twitter, "abrir a Caixa de Pandora na hora certa".
A fala foi feita após críticas ao período em que João da Costa foi prefeito, de 2009 a 2012, feitas por parte do então candidato João Campos, do PSB, partido que tinha Milton Coelho como vice do petista na Prefeitura, que disputou o segundo turno contra Marília Arraes, do PT.
A Caixa de Pandora é um objeto que faz parte da mitologia grega. Trata-se de um caixa onde os deuses colocaram todas as desgraças do mundo, entre as quais a guerra, a discórdia, as doenças do corpo e da alma. Contudo, nela havia um único dom: a esperança.
Procurado pelo Blog na sexta (04), João da Costa disse que vai escolher "no momento certo" a hora de abrir a Caixa de Pandora.
"Nem é água passada nem futuro, é uma expressão que não quer dizer que o que você vai falar vai mudar o mundo, mas tivemos situações em todo o processo de 2012 e vamos escolher o momento certo de falar sobre isso", disse o petista.
Em 2012, João da Costa foi impedido pela cúpula do PT Nacional de disputar a reeleição para prefeito do Recife, mesmo após ter vencido Maurício Rands nas prévias do partido na cidade.
Sobre 2022, João da Costa não afirmou se pretende disputar algum cargo eletivo.
O ex-prefeito defende que o partido tenha diálogo com outras legendas, inclusive com o PSB, com o qual não descarta possibilidade de aliança em 2022 em Pernambuco.
"Diante do governo Bolsonaro, de forças autoritárias e de direita, é um embate difícil. Continuo defendendo que o PT construa uma ampla frente política", afirmou.
"Pela posição estratégica de Pernambuco, a gente passa pela definição da estratégia nacional. Defendo que pensemos uma aliança com Lula em 2022 passando pelo PSB, PCdoB, continuar dialogando com o PDT. Acho que a gente deva buscar essa aliança com o PSB. Se tiver aqui em Pernambuco essa composição, vamos discutir", disse.