'Entrei no PDT acreditando que o partido de fato queria ser um partido de centro-esquerda', diz Tabata Amaral

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José Matheus Santos

Publicado em 15/06/2021 às 15:52
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A deputada federal Tabata Amaral (sem partido-SP) comentou, em entrevista, sobre sua recente desfiliação do PDT, partido pelo qual se elegeu em 2018 para seu primeiro mandato na Câmara, após entrar com um recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) alegando justa causa.

"Eu entrei no PDT acreditando que o PDT de fato queria ser um partido de centro-esquerda, com uma visão econômica mais moderna, mais conectada com a sociedade, e até olhando para os governos do próprio Ciro Gomes", afirmou a deputada no podcast Radiocash nesta terça-feira (15).

Para Tabata, seu posicionamento em votações importantes no Congresso, contrariando o direcionamento do partido, estavam de acordo com as plataformas que ela e o próprio PDT defendiam durante a campanha.

"No momento em que me filiei ao PDT, não só eu firmei uma carta-compromisso deixando muito claro os meus posicionamentos, mas eu também acreditei naquilo que foi dito na campanha, quando o então presidenciável Ciro Gomes defendia uma reforma da previdência e defendia a responsabilidade fiscal, porque eu entendo que sem isso não tem dinheiro para investir no social, na educação, bolsa família, e por aí vai. Só que quando o Bolsonaro foi eleito as coisas mudaram na direção do partido", disse Tabata Amaral.

A deputada paulista entrou com um recurso no TSE pedindo reconhecimento de justa causa para a desfiliação da legenda após ela e outros sete integrantes do partido na Câmara votarem a favor da Reforma da Previdência, movimento contrário à orientação do comando do PDT. Segundo Tabata, após o episódio, teria sido iniciado um processo interno na Comissão de Ética do partido sob a alegação de infidelidade partidária dos dissidentes.

Em maio, o Tribunal Superior Eleitoral deu aval ao recurso de Tabata, que, com isso, deixou o PDT.

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