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Manifestantes fazem novo protesto contra Bolsonaro no Recife

O protesto quer a saída do presidente do cargo, auxílio emergencial de R$ 600 e aceleração da vacinação contra a covid-19.

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José Matheus Santos

Publicado em 03/07/2021 às 10:38 | Atualizado em 03/07/2021 às 12:08
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Mais um protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é realizado na manhã deste sábado (03) no Recife. A concentração do ato teve início às 9h na Praça do Derby. Por volta das 10h15, os manifestantes saíram em passeata pela Avenida Conde da Boa Vista em direção à Avenida Guararapes.

Os manifestantes pedem a saída de Bolsonaro do cargo e pedem auxílio emergencial de R$ 600,00, aceleração da vacinação contra a covid-19 e também se posicionam contra a Reforma Administrativa e privatizações.

A manifestação gerou aglomeração na concentração. Durante a passeata, os manifestantes tentaram praticar o distanciamento social. Parte deles usou máscaras de proteção facial. A organização do protesto realizou distribuição de álcool em gel.

Este é o segundo ato depois da ação truculenta do Batalhão de Choque no dia 29 de maio, que resultou na perda parcial da visão de dois homens que sequer participavam da manifestação e foram atingidos por balas de borracha. A vereadora do Recife Liana Cirne (PT) também foi agredida com spray de pimenta por policiais da Radiopatrulha na ocasião.

Felipe Ribeiro/JC Imagem
Concentração do protesto contra Bolsonaro no Recife, na Praça do Derby - Felipe Ribeiro/JC Imagem

Há bandeiras do Psol, do partido Unidade Popular (UP), da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), da Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UESPE), além de cartazes pedindo "Vacina para Todos", "Fora Bolsonaro" e "Estudantes contra o fascismo".

A manifestação foi convocada por movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda, como as Frentes Povo sem Medo e Brasil Popular, PT, PSOL, Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE) e União dos Estudantes de Pernambuco (UEP).

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Concentração do protesto contra Bolsonaro no Recife, na Praça do Derby - Felipe Ribeiro/JC Imagem

"O Brasil não aguentará o governo genocida, e agora investigado por corrupção, de Jair Bolsonaro até 2022. O impeachment é urgente, tem de ser agora. Já são mais de meio milhão de vidas perdidas por Covid-19 no Brasil. O desemprego é recorde: 14,8 milhões de trabalhadores desocupados, além de 6 milhões de desalentados, aqueles que desistiram de procurar posto de trabalho. Milhares de pequenas empresas e comércios fecharam as portas. A fome e a carestia empurram milhões de brasileiros para a pobreza e extrema pobreza", afirma nota da convocação.

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Concentração do protesto contra Bolsonaro no Recife, na Praça do Derby - Felipe Ribeiro/JC Imagem

"À crise sanitária e econômica provocada pelo desgoverno de Bolsonaro, somam-se agora denúncias de prevaricação e corrupção envolvendo contratos de compra de vacina e o presidente. Por isso, as Centrais Sindicais convocam os trabalhadores a ir às ruas exigir a abertura do processo de impeachment contra Bolsonaro. Nossa pauta estará nas manifestações", acrescentou a organização.

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