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Com Bolsonaro hospitalizado, avaliação negativa do governo diminui

O levantamento ouviu 1.258 pessoas entre os dias 12 e 15 de julho.

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Jamildo Melo

Publicado em 16/07/2021 às 14:55 | Atualizado em 16/07/2021 às 14:58
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Uma pesquisa da Exame/Ideia divulgada nesta sexta-feira mostrou que a saúde do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) influenciou os últimos números do levantamento.

Hoje, 51% acham que Bolsonaro é ruim ou péssimo, na sondagem da semana anterior este número estava em 57%.

Devido a um tratamento de obstrução intestinal, o presidente está internado desde a última quarta-feira. Os que avaliam o governo como ótimo ou bom saíram de 20% para 26%. Os que avaliam como regular eram 22% na pesquisa do dia 8 de julho, e agora são 20%.

Sobre isso, o professor da Universidade George Washington Maurício Moura, fundador do IDEIA, comenta como estado de saúde de Bolsonaro influenciou a opinião pública, levando pessoas a mudarem sua percepção sobre o governo.

“Percebemos uma sensação mais positiva dos entrevistados em razão da internação do presidente. Vale ressaltar que os chefes de Estado quando hospitalizados melhoram sua popularidade. Exemplos recentes são o Boris Johnson, no Reino Unido, e o próprio Donald Trump, que apesar da derrota na eleição subiu nas pesquisas quando teve covid-19”, disse Moura.

Ritmo de vacinação

O estudo ainda revelou que 59% dos brasileiros acham que o ritmo de vacinação aumentou nos últimos 30 dias. Isso ocorreu principalmente pelo fato de grande parte da população estar recebendo a primeira dose, ou ainda a dose única da imunização.

Mas mesmo com o avanço da imunização, para 47%, o aumento da velocidade não influenciou positivamente a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Dentre os entrevistados, 24% dizem que o ritmo de aplicação da vacina melhorou a percepção sobre o governo.

Moura explica que o histórico de atrasos não é esquecido pela população.

"Em termos positivos, há uma sensação estabelecida de que a vacinação acelerou. Porém, como prevíamos, o presidente não potencializou sua popularidade em função disso porque houve uma frustração causada pela demora da chegada da vacina", sustentou.

O levantamento ouviu 1.258 pessoas entre os dias 12 e 15 de julho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

 

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