Preocupados com 7 de Setembro, governadores querem reunião com chefe das Forças Armadas
Gestores estaduais estão apreensivos com convocações de policiais militares para as manifestações em apoio ao governo Bolsonaro.
Preocupados com a possibilidade de policiais militares inflamarem os atos de 7 de Setembro, os governadores vão pedir uma reunião com o comando das Forças Armadas.
O pedido deverá ser feito nos próximos dias e foi definido em encontro na segunda-feira (23) dos chefes de Executivo estaduais.
Os governadores já oficializaram, ainda na segunda, solicitação para reuniões com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
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Quanto ao encontro com a chefia das Forças Armadas, o motivo para a reunião é a apreensão dos governadores com os atos de 7 de Setembro em apoio ao governo Bolsonaro. A novidade nos últimos dias têm sido a convocação para os atos por parte de policiais militares dos estados. Pela lei, militares da ativa não podem participar de atos políticos.
O alerta veio aos governadores a partir do que ocorreu em São Paulo, quando um comandante regional da PM foi afastado pelo governador João Doria (PSDB) por fazer chamamentos para os atos previstos para o dia 7 de setembro, atacar o STF, o governador de São Paulo e o presidente do Senado.
"Foi em seguida registrado o firme entendimento dos presentes de que a conjuntura atual se tornava ainda mais desafiadora em razão da crise pública entre Poderes da República, com a observação de uma escalada constante de ameaças de ruptura constitucional. Com efeito, faz-se mister reafirmar o compromisso dos Governadores no sentido de zelar para que a missão das policias estaduais ocorra
nos limites constitucionais e da lei, como se tem verificado na história do País desde a promulgação da Constituição de 1988", afirmaram os governadores em carta após a reunião da segunda.
"Cria-se, outrossim, em decorrência dessa situação, um cenário de grande instabilidade e insegurança perante os investidores nacionais e internacionais, sendo necessário para o Brasil salvaguardar um
ambiente estável e atrativo para o crescimento econômico. Portanto, os Governadores brasileiros alvitram um pacto em defesa da Democracia, que contemple a adesão aos princípios da Constituição da República e das leis nacionais, o respeito à independência e a harmonia entre os poderes
constituídos", acrescentaram.
"Conclamam ao diálogo, nesse sentido, o Presidente da República, os Presidentes da Câmara e do Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal, com o propósito de buscar pontos convergentes e alternativas mais virtuosas, 2 aptas a encontrar guarida em um chamado à paz a favor da democracia e do bem-estar socioeconômico da população brasileira, estendendo-se tal convite ao comando das Forças Armadas, aos líderes empresariais e da sociedade civil, colegiados dos empresários, trabalhadores e movimentos sociais", escreveram.