EM BRASÍLIA

'A partir de agora, não admito que outras pessoas joguem fora das quatro linhas', diz Bolsonaro antes de atos de 7 de Setembro

Presidente vai participar de manifestações em Brasília e em São Paulo.

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José Matheus Santos

Publicado em 07/09/2021 às 9:15 | Atualizado em 07/09/2021 às 11:10
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Minutos antes da cerimônia de hasteamento da bandeira no Palácio da Alvorada, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer críticas indiretas aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Nosso país não pode continuar refém de uma ou duas pessoas, não interessa onde elas estejam. Essas uma ou duas pessoas ou entram nos eixos ou serão simplesmente ignoradas da vida pública. Esse é o meu trabalho. Vou continuar jogando dentro das quatro linhas, mas, a partir de agora, não admito que outras pessoas joguem fora das quatro linhas. A regra do jogo é uma só: respeito a nossa Constituição", disse Bolsonaro.

O presidente afirmou que o seu primeiro discurso do dia, que deverá mirar Alexandre de Moraes e Barroso, será por volta das 10h15 em Brasília.

"Um dia do povo, não o dia do presidente, de nenhum autoridade. Hoje é o dia que o povo brasileiro vai nos dar um norte, para onde o Brasil deve ir. Eu apenas hoje quero ser o porta-voz de vocês. O que falarmos a partir de agora estou falando em nome de vocês", afirmou Bolsonaro.

Alexandre de Moraes entrou na mira do presidente porque é o relator no Supremo de três investigações que causam incômodo ao Palácio do Planalto: os inquéritos das fake news, dos atos antidemocráticos e da suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

Já Luís Roberto Barroso é alvo de Bolsonaro desde junho, quando o presidente começou a defender a adoção do voto impresso nas eleições de 2022. O ministro do Supremo, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se posicionou de forma contrária e reforçou que, em mais de 20 anos de voto eletrônico, não houve comprovações de fraudes nas votações, como insinuou Jair Bolsonaro. O presidente, no entanto, confirmou, após diversas suposições, que não tem provas de que houve irregularidades em eleições. No início de agosto, a Câmara dos Deputados barrou o voto impresso.

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