Redes sociais

Entenda a confusão envolvendo a militância de Marília Arraes e Tabata Amaral

Nas redes, internautas discutem sobre projeto da pernambucana

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Cadastrado por

Augusto Tenório

Publicado em 08/10/2021 às 14:43 | Atualizado em 08/10/2021 às 16:30
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O veto de Jair Bolsonaro (sem partido) à distribuição de absorventes foi sequida, na oposição, pela promessa de derrubada da decisão do presidente. Nas redes sociais, desde a noite dessa quinta (7), internautas colocam em oposição as figuras das deputadas Marília Arraes (PT-PE) e Tabata Amaral (PSB-SP).

Isso acontece porque o Estadão publicou uma matéria Bancada feminina se articula para derrubar veto de Bolsonaro e garantir distribuição de absorventes com a foto de Tabata Amaral (PSB-SP) em destaque. Prontamente, internautas interpretaram que a parlamentar paulista seria a autora do PL, mas, na verdade, ele foi encabeçado por Marília Arraes (PT) junto com outros deputados.

 

Dessa forma, internautas acusaram o Estadão de buscar promover Tabata. As críticas apontam uma possível preferência por Amaral, que é de São Paulo e associada ao neoliberalismo, enquanto ignoraria Marília Arraes, nordestina e representante do Partido dos Trabalhadores.

Dessa forma, Tabara Amaral, apesar de não ter falado sobre Marília, foi criticada nas redes sociais. Ela é acusada de, ao não corrigir as publicações, promover sua imagem em cima de um projeto da colega. O nome da deputada esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter até o fechamento desta matéria.

Paralelamente à confusão, uma matéria específica deste Blog voltou a ser bastante acessada nesta quinta (7). Trata-se da publicação de 2014, sobre um episódio envolvendo o comitê do PSB e Marília Arraes. Na ocasião, socialistas batizaram uma cadela com o nome da então vereadora. Marília Arraes voltou a citar este episódio na campanha de 2020, para mostrar que o PSB a perseguia.

Projeto já criou atrito entre deputadas

Em março de 2020, Marília Arraes acusou Tabata Amaral de ter copiado seu projeto para a distribuição gratuita de absorventes. Ele foi apresentado pela pernambucana em 2019 e, na ocasião, o gabinete da então pedetista pediu, sem sucesso, para que ela ficasse com a relatoria. Sendo assim, no ano seguinte, a paulista apresentou projeto semelhante.

"O natural seria ela ter me procurado para que nós duas, junto com a relatora do meu projeto [a deputada Natália Bonavides], buscássemos algo que contemplasse as duas propostas. E não divulgar a ideia como se tivesse partido dela", disse Marília à Folha, na ocasião.

Tabata respondeu, também ao jornal: "O meu time pediu a relatoria, como faz sempre em propostas de áreas em que atuo, e ela foi negada, como acontece com vários pedidos. Eu não tinha conhecimento do projeto. Está me parecendo muito estranha essa postura dela [Marília]. Acho bastante machista, porque descobri ontem que logo que ela apresentou esse projeto, um deputado homem apresentou outro bem parecido e ela não se pronunciou".

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