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Inflação do Grande Recife voltou a acelerar em setembro e atinge maior índice do ano

No Brasil, o resultado foi um pouco maior: 1,16%

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Cadastrado por

Augusto Tenório

Publicado em 10/10/2021 às 15:44
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No Grande Recife, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a subir, atingindo 1,1% em setembro. Trata-se, de acordo com o IBGE, do maior percentual do ano. No Brasil, o resultado foi um pouco maior: 1,16%, O aumento dos preços, por outro lado, foi generalizado nas 16 localidades pesquisadas, e a Região Metropolitana do Recife teve a sexta menor inflação do país.

Já no acumulado do ano, a inflação da Região Metropolitana do Recife está em 7%, o que traduz-se na sétima colocação no ranking das capitais e regiões metropolitanas pesquisadas. Nesse caso, o valor é um pouco superior à média nacional, que é 6,9%. Com relação aos últimos 12 meses, o IPCA da RMR teve aumento de 10%, enquanto o Brasil teve 10,25%.

IBGE
IPCA Recife - setembro - IBGE

Com 3,26% e 1,99%, respectivamente, transporte e habitação tiveram as maiores altas em setembro, com relação aos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Por causa dos aumentos na conta de energia elétrica e no preço dos combustíveis, essas categorias pressionam o IPCA ao longo do ano. O grupo de Comunicação, por outro lado, foi o único a apresentar queda. marcando menos 0,18%.

"Além da implantação da bandeira de escassez hídrica, as tarifas de água e esgoto foram reajustadas em 8,07% a partir de 19 de agosto. No mesmo período, o preço do gás de botijão subiu 4,36%", avalia Fernanda Estelita, gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, sobre os reajustes responsáveis pelo aumento na habitação.

IBGE
IPCA - Recife - IBGE

Os produtos e serviços se destacam no aumento são passagens aéreas (36,03%), transporte por aplicativo (25,87%), artigos de maquiagem (13,37%), batata-doce (11,40%) e café moído (10,19%). 

Alimentos e bebidas, porém, são as mercadorias com maior queda nos preços em setembro. Exemplos são a cebola (-24,82%), o cheiro-verde (-16,90%) e o tomate (-12,18%). Hortaliças e verduras em geral tiveram queda de 11,01%.

"Após alta de 1,78% em agosto, o grupo de alimentação e bebidas teve um aumento menos expressivo em setembro, de 0,51%. Os preços das carnes, por exemplo, que vinham pressionando a inflação, tiveram recuo de 1,58% no mês passado, um possível reflexo da queda das exportações para a China", comenta Fernanda Estelita.

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