João Campos na bronca com buracos abertos pela Compesa
Buracos na cidade são tema de reclamação frequente e gestor aponta Compesa como dona da maioria deles
A reclamação pública da empresária Maria do Céu com a estatal Compesa, nas redes sociais, mostra um dos problemas que atormentam o prefeito do Recife, João Campos. É que a estatal abre buracos na região Metropolitana do Recife e quem leva a culpa é a municipalidade.
Na semana passada, sem alarde, o governante reclamava com interlocutores do efeito sobre a imagem da PCR.
João Campos citava que mandou fazer um levantamento dos buracos na cidade e ficou estarrecido com os resultados. Em um levantamento de janeiro a abril deste ano, de 2,2 mil buracos ativos, apenas 200 eram de responsabilidade direta da Prefeitura da Cidade do Recife. Os demais haviam sido abertos pela estatal do Estado. No caso da Compesa, era dez para um a proporção.
Nesta quarta (13), Maria do Céu reclamou no Twitter: "Dois meses que a Compesa fez uma obra na rua, escavacou com um trator o asfalto, atingindo a calçada arrancou a placa de ferro que cobre o buraco do esgoto. Resultado: descaso com a vida e mobilidade das pessoas. Mês passado, por conta de um descaso desse, um motoqueiro morreu". A foto desta matéria foi publicada pela empresária.
Na área de zeladoria da cidade, o prefeito deve anunciar em breve um projeto específico para o centro do Recife. A gestão calculou que só na nova pavimentação foram R$ 70 dos R$ 100 milhões aplicados pela PCR este ano.
Parque do Aeroclube e Compesa
No momento, o maior desafio para a PCR em relação à estatal esta relacionada às obras dos habitacionais do parque do Aeroclube, no Pina.
A estatal tem uma responsabilidade enorme no saneamento dos habitacionais que serão entregues ao lado do novo parque do Aeroclube. Como as autoridades não podem jogar dejetos no rio, a estatal terá que rasgar avenidas no Bode para levar tubulação da estação de tratamento até a avenida Conselheiro Aguiar. Os habitacionais devem começar a ser entregues em abril, em parceria com a Caixa. João Campos pediu aos secretários que não haja atraso. "A Compesa vai fazer a obra. Se a Compesa não fizer, nós vamos fazer. Já mandei até licitar" disse.