Cidade do Recife terá inédita medição de qualidade do ar
Além das horas e de mensagens de interesse público, os relógios podem funcionar como câmaras de videomonitoramento e reconhecimento facial, auxiliando iniciativas na área de segurança
O secretário de Desenvolvimento econômico, Inovação e Tecnologia do Recife, Rafael Dubeux, advogado com formação pela UnB e um quadro cedido pela Advocacia Geral da União (AGU) para a capital pernambucana, revelou ao blog de Jamildo que a cidade do Recife terá uma inédita medição de qualidade do ar, em breve.
A medição será possível a partir da primeira PPP da gestão municipal. A licitação prevê a instalação de 108 relógios digitais em vários pontos do Recife, com a exploração de propaganda em praças públicas e logradouros por parte da iniciativa privada.
"Temos hoje uma medição que é feita pela CPRH, mas a diferença agora é que teremos 100 pontos de coleta de informações, algo mais eficiente e que permite saber como anda a poluição bairro a bairro", explicou Rafael Dubeux.
Não é só.
Rafael Dubeux disse que existe uma grande preocupação ambiental da nova gestão e que uma das metas é elevar a cobertura de saneamento de 44% para 66% até 2025. "Vamos reduzir muito a poluição no Capibaribe", afirma.
Neste ponto, a gestão de João Campos aposta na conclusão de duas grande estações de tratamento, tocadas pela Secretaria de Saneamento municipal. Uma delas é a estação do Cordeiro, na zona Oeste. A outra no Rio Beberibe, na zona Norte.
Nas PPPs, outras iniciativas buscam a concessão do Geraldão e de seis parques.
Licitação dos relógios
"A primeira PPP faz parte de um projeto maior de uma smart city, onde vários serviços públicos estão interligados", conta. "A consulta pública, a primeira desta primeira onda, começa agora em outubro", afirmou o secretário-executivo de parcerias estratégicas da Prefeitura da Cidade do Recife, Thiago Ribeiro, disse ao blog de Jamildo, em entrevista exclusiva.
O chamamento público será realizado nacionalmente, de modo a atrair empresas nacionais, especialmente em São Paulo.
O técnico informa que não existe um valor exato ainda para os investimentos, mas apenas na instalação dos relógios os grupos interessados precisam gastar R$ 70 milhões no contrato, no prazo de 20 anos. Eles terão dois anos para implantar todos os relógios-câmara.
Ribeiro conta que a licitação para a escolha da empresa vai exigir ao menos R$ 5 milhões de capitalização das empresas participantes. "No Rio Grande do Sul, por exemplo, a exigência foi de R$ 7 milhões de capital mínimo e o vencedor ofertou R$ 81 milhões pela exploração dos espaços", explicou.
A concessionária que vender a disputa terá como uma das obrigações cuidar da poraça pública ou do canteiro onde o relógio for instalado, livrando a PCR de gastos com manutenção.