novo parque

Câmara do Recife ouve Conselhos de Arquitetura e Engenharia sobre Parque do Aeroclube

Projeto do novo parque vai sendo discutido na Câmara do Recife

Imagem do autor
Cadastrado por

Jamildo Melo

Publicado em 26/11/2021 às 16:25 | Atualizado em 26/11/2021 às 16:38
Notícia
X

Os temas ampliação da área verde, articulação do parque com vizinhança, utilização de modal aquaviário e criação de áreas de contemplação foram algumas das sugestões para o projeto do Parque do Aeroclube recebidas durante audiência pública realizada pelo vereador Paulo Muniz, presidente da Comissão de Acompanhamento das Obras do Parque do Aeroclube, nesta quinta-feira (25).

O evento contou com a participação virtual de representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), do Conselho de Engenharia e Agronomia (CREA), além de ambientalista e integrantes de movimentos populares.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA) destacou a necessidade de compartilhamento do espaço.

“Parque com habitacional precisa ser compartilhado com vizinho, ter o máximo de ligação com a vizinhança. É fundamental pra justificativa social do parque que haja uma aceleração dessa destinação da área do Pina, onde a população é muito carente, chegar ao local com a facilidade que a de Boa Viagem chegará”, disse o engenheiro civil Maurício Andrade.

A entidade destacou ainda quatro pontos.

"Criação de acessos por meios ativos (a pé ou de bicicleta) do parque com quem ele precisa atender. Refinar a ligação com a comunidade do Bode, que ainda parece estar desarticulada. Ampliar a área verde. Minimizar área pavimentada e maximizar área natural. Articulação do parque com ciclovias e com projetos como o Bike PE. A região é muito prejudicada por esgoto, é preciso despoluir o entorno. Parque é feito de salubridade, é necessário que o ambiente esteja com o ar limpo. Para isso, deve ser feita associação do cronograma do projeto de saneamento da RMR", enumerou.

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU) também citou prioridades.

“Recife foi construído por retalhos ao longo das décadas. Faço um pedaço, depois outro e ligo de qualquer jeito. Precisamos começar a pensar a cidade como um todo. Olhar o parque junto com a cidade de maneira que ele faça parte do tecido urbano futuro de uma maneira equilibrada e sustentável”, disse o conselheiro titular Jaime Tavares Alheiros Neto.

"Deve haver alinhamento com outras estratégias que o município vem desempenhando do ponto de vista de mobilidade e ocupação dos rios. Uma ideia seria que ali tivesse um ponto de desembarque integrando o parque por modal aquaviário. Mais memória aeroviária no parque, levando para o local a aeronave que está no campo da Aeronáutica, prestes a ser enviada ao Rio Grande do Norte. Tratar elementos paisagísticos que sirvam de barreiras vegetais pra amortecer impacto de ruído e poeira vindos da Via Mangue. Parque de integração social, com exploração de produção e capacitação de pessoal, empreendedorismo, oportunizando geração de negócio".

PCR/DIVULGAÇÃO
PROMESSA Com custo de R$ 100 milhões, Complexo será construído numa área de 11,8 hectares, sendo 4 destinados ao Parque Aeroclube (área verde) - PCR/DIVULGAÇÃO

O biólogo e professor da UPE Clemente Coelho Júnior focou na necessidade de áreas de contemplação com vista para lâmina d’água, floresta de mangue e da fauna local. Inclusão de mirante, aos moldes do Espaço Ciência. Na fala, defendeu estimular viveiro de espécies nativas para que se possa fazer arborização para atrair aves. Ele pediu a manutenção de áreas verdes de forma sustentável, com construção de cisternas e utilização de energia solar para irrigação da vegetação.

“Patinamos há décadas sobre o uso das nossas lâminas d’água para transporte. Há mais de 20 anos que moro aqui e sempre questiono se um dia teremos transporte aquaviário”, disse Clemente Coelho.

 

Tags

Autor