'Recife tem mais de 470 anos, em menos de um ano na gestão... não vou resolver todos os problemas', diz João Campos
Na entrevista exclusiva para o SJCC, o blog comentou que a PCR está lançando uma PPP, chamou o BNDES para fazer uma licitação e tenta atrair interessados. Mas obsrevou que se "perdeu" um ano inteiro por conta da pandemia e que neste tempo talvez pudesse ter cuidado melhor na questão da manutenção. O que é possível fazer para melhorar os parques da cidade?, foi a questão apresentada
João Campos demonstrou alguma impaciência, mas continuou sendo diplomático.
"Recife tem mais de 470 anos de história, estamos há menos de um ano de gestão e estamos agindo. Não vamos resolver em um ano todos os problemas da cidade".
"Pegamos seis parques da cidade e é importante pontuar um mal entendido: nenhum parque será privatizado. Privatização é diferente de concessão. Privatizar é tornar privado algo público, enquanto o que estamos modelando é uma concessão. Nenhuma entrada será cobrada, vai ser de graça o acesso aos parques. Vamos pegar um terreno público e chamar um parceiro privado para fazer a gestão. Com isso, conseguimos economizar até R$ 22 milhões por ano no custeio desse conjunto de parques".
"Há uma exploração de imagem no ambiente do parque. Uma marca de bicicleta pode adotar a pista, uma quadra pode ser adotada por uma marca de bola de basquete, por exemplo. Então faz-se uma concessão para que o espaço seja explorado por marcas, como um café que pode pagar aluguel… Quem está nos ajudando no projeto é a mesma equipe que fez isso no Ibirapuera, em São Paulo", observou.
O blog então observou que concessão é uma forma de privatização…
João Campos continuou. "PPP é uma forma de concessão, mas concessão e privatização são coisas diferentes".
(O problema é que a palavra) privatização foi demonizada por parte da esquerda…", afirmou o titular do blog.
Ao que João Campos insistiu. "Mas o parque não está sendo privatizado, o parque é público, só vai ser administrado pelo privado. Seria privatização se a gente anunciasse o leilão, mas jamais vamos fazer isso".
Relógios com reconhecimento facial
Na mesma entrevista, gerou polêmica um detalhe da PPP dos relógios. No edital não fica claro o tratamento dos dados captados pelo relógio. A empresa que vai captar esses dados vai ter acesso? Dados pessoais, atualmente, são valiosos. Isso vale para as pessoas também, com relação ao acesso da WiFi, por exemplo?
"Serão mais de 120 relógios instalados na cidade, todos eles com câmera de segurança e Wi-Fi gratuito. A câmera de segurança, os dados, não serão acessados e geridos pela empresa. Quem acessa o dado é a central de segurança da prefeitura. Todas essas informações devem, obrigatoriamente, seguir a LGPD. Tenho certeza que o público quer uma cidade com mais câmeras de videomonitoramento, mais iluminação, mais segurança… É o caminho".
João Campos disse ainda que, no processo de audiência pública, várias sugestões foram incrementadas. "Isso vai passar pelo Tribunal de Contas e precisa ficar muito claro, se não tiver muito claro, a gente reforça: nosso objetivo não é tirar a privacidade de ninguém, mas proteger a cidade e seguir os padrões de segurança mais modernos".
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