Estamos fazendo um realinhamento do preço, que não subia há 18 anos. Se a atualização do valor fosse feita em cima do IPCA, ela seria até maior, por volta de R$ 3,50, mas decidimos que o preço deve ser R$ 3”, explicou a presidente da CTTU, Taciana Ferreira. Segundo ela, um estudo foi realizado comparando os preços de várias cidades. “Existem em Pernambuco municípios, como Caruaru, com Zona Azul a R$ 3,20. Em Arcoverde, o valor é R$ 3. O objetivo, porém, não é equiparar com outras cidades, mas recuperar a defasagem que existia desde 1998" Taciana Ferreira, presidente da CTTUO talão com dez unidades, comprado por R$ 10, passa a custar R$ 30 nos pontos de venda. Para idosos com mais de 60 anos que possuem cadastro junto à CTTU, a isenção do pagamento continua. Quem já adquiriu talões com os preços antigos terá 60 dias para utilizar os bilhetes com o valor antigo. “Estamos fazendo um realinhamento do preço, que não subia há 18 anos. Se a atualização do valor fosse feita em cima do IPCA, ela seria até maior, por volta de R$ 3,50, mas decidimos que o preço deve ser R$ 3”, explicou a presidente da CTTU, Taciana Ferreira. Segundo ela, um estudo foi realizado comparando os preços de várias cidades. “Existem em Pernambuco municípios, como Caruaru, com Zona Azul a R$ 3,20. Em Arcoverde, o valor é R$ 3. O objetivo, porém, não é equiparar com outras cidades, mas recuperar a defasagem que existia desde 1998.” O aumento deve ajudar a gerenciar o serviço. Por mês, a CTTU arrecada cerca de R$ 230 mil com a Zona Azul, mas os gastos beiram os R$ 400 mil. “Essa receita servirá para arcar com a sinalização, que vem sofrendo vandalismo, e melhorar a gestão do estacionamento”, afirmou Taciana Ferreira. Quem utiliza o serviço no dia a dia, porém, não vê esses resultados na prática. É o caso do funcionário público Bruno Lima, que estaciona o carro em área de Zona Azul diariamente. “É um absurdo esse aumento de 200%. O valor não é repassado, não vejo o dinheiro sendo aplicado em nenhuma melhoria”, afirmou. Até mesmo quem aprova o reajuste reconhece que falta iniciativa do poder público. “O aumento é natural, os ônibus também estão com as tarifas mais caras. O que precisa melhorar é a fiscalização, para que ninguém revenda o bilhete a custos mais elevados. Os turistas, por exemplo, pagam caríssimo pelo serviço”, afirmou o funcionário público Antônio Melo. A intenção da Prefeitura do Recife é oferecer mais 400 vagas ainda este semestre. Hoje, são 3.080 distribuídas entre Bairro do Recife, bairros de São José, Santo Antônio, Boa Vista e Madalena. Até julho, os entornos dos Mercados da Encruzilhada, Água Fria, Casa Amarela e Afogados devem ser contemplados com Zona Azul. O aumento da tarifa, no entanto, não assegura a modernização do serviço, a exemplo do que aconteceu em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, onde é possível comprar bilhetes pelo celular ou pela internet. A CTTU afirmou que pretende implantar um sistema de pagamento através de smartphone ainda este ano, mas não tem prazo nem descarta a possibilidade de a mudança não acontecer em 2017.
Mobilidade
Por Roberta SoaresNotícias e análises sobre transporte público, transporte individual, micromobilidade e soluções para a mobilidade urbana