A paulistana
Gabriela Shapazian, 16 anos, tomou a decisão de ajudar os refugiados que chegam à Grécia. Esta é a terceira vez que a menina vai ao país com esse intuito. E, para ajudar a custear os gastos da viagem, Gabriela, juntamente com a sua mãe, a jornalista
Kety Shapazian, criou o projeto “
Flores para Refugiados”, que vende arranjos no Armazém da Cidade, na
Vila Madalena, em
São Paulo.
Gaby e Katy falando sobre o projeoto. Foto: Reprodução Facebook
Em outubro de 2015 Gabi e Katy viajaram pela primeira vez à Grécia e atuaram lá como voluntárias durante 45 dias. Elas recebiam os barcos de refugiados, dando muito amor e atenção aos que chegavam. Além disso, elas preparavam comidas para distribuir e separavam roupas para doação. Em junho deste ano Gabi foi sozinha para o país. Desta vez ela passou 40 dias. Agora em novembro, ela parte para mais uma missão voluntária. A menina passará três meses atuando em dois países. Primeiro ficará na Grécia, depois seguirá para
Calais, na
França, que tem um dos maiores campos de refugiados da Europa.
Gaby viajará sozinha para a Grécia para ajudar os refugiados. Foto: Reprodução Facebook.
O projeto "Flores para Refugiados" usa garrafinhas recicladas para fazer arranjos com flores. Existem três tipos de arranjo, que custam R$15, R$20 e R$25. Segundo a mãe de Gabi, nos arranjos de R$15, R$9 são usados exclusivamente para o trabalho voluntário, o restante cobre as despedas e custos operacionais. Além de venderem o material no armazém, as duas participam de feiras, eventos, bazares e, inclusive, aceitam encomendas.
Os arranjos são feitos com garrafinhas recicladas. Foto: Reprodução Facebook.
O dinheiro servirá comprará lápis coloridos e brinquedos para as crianças,por exemplo. Como ela viaja com um mochilão, ela comprará isso tudo na Grécia, já que não teria como levar. Em entrevista ao
Hypeness, a menina contou um pouco como foram os primeiros trabalhos voluntários. “Eu acordava bem cedo e ia direto para dentro d’água, bem na linha de frente. Ajudava todo mundo a sair, principalmente mulheres, idosos, crianças. E às vezes dava 10 da noite e eu estava fazendo sanduíches”, disse.
Um abraço apertado <3 Foto: Reprodução Facebook.
Em uma publicação no Facebook, Kety disse que tem muito orgulho da filha. "Orgulho de fazer parte deste capítulo da história. Orgulho de ser mãe de uma garota que se recusa a viver como antes e prefere a companhia de refugiados à vidinha bacana que tinha antes. Agora ela trabalha aos 16 anos todos os fins de semana e alguns dias da semana para ter dinheiro para voltar à Grécia e ficar ao lado de pessoas que o mundo quer ver pelas costas", escreveu.
Com informações do
Hypeness.