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'Não deveria ter nascido', diz jovem que processa médico da mãe e ganha indenização milionária

Por causa do profissional, Evie Toombes sofre de má-formação na coluna e precisa ficar conectada 24h em tubos

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Maria Luísa Fernandes

Publicado em 03/12/2021 às 14:07
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Uma jovem britânica de 20 anos tomou a iniciativa de processar o médico responsável por atender a sua mãe antes da gravidez. O motivo? Por causa da falta de informações dadas pelo clínico-geral, Evie Toombes sofre de uma má-formação na coluna e precisa ficar boa parte do seu tempo conectada em tubos. Na justiça, ela alegou que o profissional de saúde não informou à mãe sobre a importância de tomar vitaminas durante sua gravidez.

Segundo informações divulgadas pelo jornal The Sun, Evie conta que o médico, chamado Philip Mitchell, não chegou a indicar que sua mãe que tomasse ácido fólico, uma vitamina extremamente importante para o processo de formação do feto.

No ano de 2001, Evie Toombes chegou a ser diagnosticada com espinha bífida, um defeito congênito em que a medula espinhal do bebê em desenvolvimento não se desenvolve completamente. E por causa dessa má formação, a sua mobilidade é bastante limitada.

Com o tempo, a garota pode passar a depender cada vez mais de uma cadeira de rodas. E além do seu diagnostico, Evie também sofre com problemas intestinais e de bexiga. 

Julgamento do médico

Durante todo o julgamento, a mãe de Evie chegou a relatar que foi ao consultório do médico para poder planejar a sua primeira gravidez. Segundo a mulher, eles até chegaram a conversar sobre o uso de vitaminas, mas em nenhum momento chegou a ser discutido a importância do uso de ácido fólico para evitar más-formações no bebê. 

"Ele me disse que não era necessário. Fui informada de que, se tivesse uma boa dieta anteriormente, não teria que tomar ácido fólico. Ele me disse para ir pra casa e 'fazer muito sexo', o que foi muito rude", contou a mulher. 

A defesa do médico chegou a alegar que a mulher já poderia estar grávida quando entrou em contato com o Dr. Mitchell. Além disso, o clínico teria indicado que se a mulher tivesse uma boa dieta, os suplementos se tornariam menos importantes. Ele ainda negou qualquer acusação de ter dispensado o uso da vitamina.

Durante a decisão na Suprema Corte de Londres, a juíza Rosalind Coe deu a razão para Evie. Agora, a jovem deve receber uma indenização milionária que vai cobrir seus gastos com saúde pelo resto da vida.

Informações: O Povo.

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