"Vamo matar os bambis" (sic), apregoou Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras, em uma festa da torcida organizada Mancha Verde, no último dia 24 de outubro. E o disse no palco, exposto ao registro de celulares e de câmeras.
Na época em que vivemos, com cada vez mais recursos tecnológicos para a produção e publicação de conteúdo por parte do público e acesso facilitado à informação na internet, era óbvio que a frase de Belluzzo ia se propagar e repercutir. De forma negativa, é claro.
A declaração foi completamente irresponsável. É absurdo que um presidente de clube incite a violência, num meio já violento. Uma lástima.
Surpreende ainda mais por vir de um economista de sucesso em âmbito nacional, conceituado. A educação privilegiada foi varrida pelo impulso irracional de torcedor, que em seu caso sobrepuja até mesmo a condição de presidente executivo do clube, cargo que tem de ser exercido com o máximo de sobriedade.
Belluzzo já foi, recentemente, punido com suspensão de nove meses por declarações ofensivas árbitro Carlos Eugênio Simon.
Agora, quanto tempo pegará?
Algumas pessoas falaram em banimento do futebol. Não acho que seja o caso. Um ano é o suficiente.
Porém, mais do que isso, cabe a Belluzzo olhar para si mesmo, para seus vacilos.
Fazendo isso, perceberá que já chegou a hora dele sair, por conta própria do futebol. E voltar a ser o economista.
