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Opinião: Mais do que dinheiro, o Náutico precisa é de paz

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 06/01/2016 às 10:11
Marcos Freitas, Gustavo Ventura, Náutico FOTO:

Marcos Freitas, Gustavo Ventura, Náutico

Por Álvaro Filho, editor do Blog do Torcedor

@alvarofilho

Mais do que nos diretores e conselheiro, a paz tão desejada entre Executivo e Deliberativo no Náutico passa pelas mãos dos presidentes Marcos Freitas e Gustavo Ventura.

E os dois parecem dispostos a isso, contrariando inclusive às forças que representam.

Marcos Freitas encabeça a ala mais conservadora do Náutico, enquanto Gustavo Ventura representa os "radicais" do MTA, hoje maioria no Conselho.

Mas apesar de defenderem lados antagônicos na mesma instituição, ambos têm mostrado inclinação para defenderem uma causa só: o Náutico.

Os primeiros gestos desde a eleição indicam que a convivência harmônica entre as duas "casas", o Executivo e o Conselho, é uma possibilidade.

O desafio, porém, é manter sob controle os "raivosos" dos dois lados.

A tendência nesse inicio de mandato é de que Gustavo Ventura tenha mais trabalho que Marcos Freitas. Afinal, grande parte dos novos conselheiros carregam um caminhão de mágoa do tratamento que sofreram da formação anterior do Conselho e tendem a querer "descontar".

O que seria um erro, para não dizer uma estupidez.

Ventura, porém, parece ter um pulso mais firme que o de seus antecessores que, quando não lavaram a mão em relação à atuação de alguns conselheiros, instigavam para que o clima desandasse de vez. Se ele souber manter o controle da ala que encabeça, a estabilidade pode ser uma realidade.

Muito se falou em "falta de união" no último biênio - o que foi latente - mas o Náutico de uma forma ou de outra é um clube tão resistente que nem seria preciso essa união toda para o time, por exemplo, retornar à Série A.

O Náutico ficou a dois pontos do G4 e se um lado não gastasse energia atacando o outro já seria suficiente para que o clube estivesse num patamar bem melhor na atual temporada.

Mais do que dinheiro, o que o Náutico precisa mesmo é de paz.

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