Flamengo cede empate ao Bragantino e perde chance de se aproximar do Atlético-MG
Sem cinco titulares, o Fla saiu na frente e fez um bom primeiro tempo. Mas não resistiu à reação do time da casa no início da etapa final, quando os cariocas caíram muito de rendimento
ESTADÃO CONTEÚDO
Desfalcado, o Flamengo desperdiçou chance preciosa de se aproximar do líder Atlético-MG na noite desta quarta-feira (6). Após ver o líder do Brasileirão empatar com a lanterna Chapecoense, o time carioca cedeu a igualdade ao Red Bull Bragantino, por 1x1, em Bragança Paulista (SP).
Sem cinco titulares, o Fla saiu na frente e fez um bom primeiro tempo. Mas não resistiu à reação do time da casa no início da etapa final, quando os cariocas caíram muito de rendimento. A queda se deveu às mudanças incomuns feitas por Renato Gaúcho, que fez a equipe jogar os últimos 15 minutos com quatro atacantes e nenhum armador em campo.
O atual bicampeão brasileiro chegou aos 39 pontos, enquanto o Atlético-MG ostenta 50, mantendo a diferença de 11. A equipe carioca ainda tem dois jogos a menos que o primeiro colocado da tabela. O Bragantino, por sua vez, soma 35 e segue perto dos líderes. Mas aumenta seu jejum de vitórias para seis jogos no Brasileirão.
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Os dois times dividem suas atenções entre a competição nacional e os torneios continentais da temporada. O Flamengo vai decidir a Copa Libertadores, contra o Palmeiras, enquanto o Bragantino vai encarar o Athletico-PR na final da Copa Sul-Americana, ambos os jogos no mês de novembro.
O JOGO
Com uma lista poderosa de desfalques, o Flamengo entrou em campo sem Diego Alves, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Isla, Gabriel, Gustavo Henrique e Diego. As baixas se deveram a problemas físicos e convocação para seleções para a rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. Para não perder a vocação ofensiva da equipe, Renato Gaúcho formou o time com três zagueiros, sendo Willian Arão um deles.
A aposta demorou para dar resultados. Fla e Bragantino fizeram 30 minutos de muita movimentação e estudo no meio-campo. Mas as chances de gol não existiam. O time carioca demonstrava maior dificuldade porque Andreas Pereira e Vitinho penavam com a falta de entrosamento. Do outro lado, o time da casa exibia cautela excessiva no ataque.
A partida ganhou tecnicamente quando Vitinho passou a encontrar espaço pelo lado direito. Aos 35, ele iniciou jogada perigosa que culminou em cruzamento de Matheuzinho para Pedro, que desperdiçou chance incrível na pequena área. O atacante se redimiu três minutos depois. Novamente Vitinho foi o motor rubro-negro ao roubar a bola no ataque e acionar o atacante, que entrou na área e bateu rasteiro e cruzado: 1x0.
No segundo tempo, a prudência deu lugar a uma postura mais ofensiva no Bragantino. O time da casa impôs novo ritmo ao jogo, buscando o ataque com frequência. A nova estratégia forçou erros na oscilante defesa dos cariocas, principalmente com Léo Pereira e Matheuzinho.
Aos 11, os anfitriões quase empataram em belo lance de Ytalo. O artilheiro do time driblou Arão, entrou na área, ficou cara a cara com o goleiro, mas parou na defesa de Gabriel Batista. Apenas dois minutos depois, Matheuzinho errou na saída de bola e Artur não desperdiçou. Encheu o pé de fora da área e marcou um golaço, ao acertar o ângulo esquerdo de Gabriel.
Mais equilibrada, a partida ganhou em emoção, com chances para ambos os lados, diferentemente do que aconteceu no primeiro tempo. Até que Renato Gaúcho promoveu mudanças inesperadas. Sacou Andreas Pereira e Vitinho, os dois que vinham pensando o jogo do Flamengo. E colocou Michael e Kenedy. Na prática, o time passou a jogar com quatro atacantes e nenhum armador.
O Bragantino, porém, não conseguiu aproveitar os espaços no meio-campo para pressionar a hesitante defesa rubro-negra. E o empate no placar acabou refletindo o que se viu dentro de campo.
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