OPINIÃO

No empate contra o Santos, Sport comprova sua nova postura no Brasileirão

Leão é outra equipe na Série A: mais organizada e com vontade de vencer

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Marcelo Cavalcante

Publicado em 18/10/2021 às 0:09 | Atualizado em 18/10/2021 às 0:11
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O empate em 0x0 contra o Santos, na Arena de Pernambuco, não era o que o torcedor, dirigente, jogadores e comissão técnica do Sport queriam. Depois da derrota indigesta para o Cuiabá, na última rodada na Série A, virou obrigação vencer o Peixe em casa. Uma partida que valeria "seis pontos" e que tiraria o Leão da zona de rebaixamento. Mas nem tudo foi amargo no final das contas. O Sport mostra um novo comportamento em campo, o que enche o torcedor de esperança de que time vai brigar até o fim pelo seu objetivo.

O Sport é outro time no campeonato. É incrível a mudança de postura. Enquanto Umberto Louzer comandava o grupo, não existia vibração em campo. Aliás, o futebol beirava o desleixo. Não existia espírito de grupo. Basta lembrar o pênalti cometido pelo zagueiro Maidana na derrota para o Fortaleza, ainda no primeiro turno. Nem mesmo a chegada de Gustavo Florentín causou, no primeiro momento, uma transição. O time seguia sem alma.

A história mudou na vitória sobre o Grêmio, por 2x1. Sem as estrelas André e Thiago Neves, que não corriam para ninguém, espectadores de luxo em campo, o Leão ganhou robustez porque todos em campo valorizaram a importância de cada um em campo. A coletividade falou mais alto. O time vem mostrando raça de maneira solidária. Todos jogam, todos correm, todos querem vencer.

A partida contra o Santos, na Arena de Pernambuco, mostrou isso mais uma vez. Os setores de meio de campo e ataque estão bem encaixados. O garoto Gustavo está jogando o fino da bola. O jogo do Leão flui demais quando a bola chega a seus pés. Jogando com a cabeça erguida e imprimindo velocidade, o Leão fez boas variações de jogadas e engatou bons contra-ataques.

Com o garoto jogando assim, outros atletas cresceram. É o caso de Everaldo parece ter mais lucidez em campo. Zé Welinson e Marcão bem entrosados. E na frente, Mikael está mais seguro e fazendo valer sua força. O lance no segundo tempo, em que fez a parede, passou pelo zagueiro e finalizou corretamente mostrou que ele vem mesmo em evolução. A bola foi no pé do goleiro Jandrei e foi para fora.

Com o encaixe do meio para frente, a defesa do Sport teve menos trabalho, até porque o Peixe, como é característica dos times dirigidos pelo técnico Fábio Carille, jogou mais preocupado em não tomar gols e só veio puxar contra-ataques no segundo tempo - embora tenha acertado a trave no primeiro tempo, com Lucas Braga. Mesmo assim, vale destacar a frieza do goleiro Maílson e a sintonia da zaga formada por Thyere e Sabino. Os laterais foram peças que não agradaram. Especialmente Sander que abusa da truculência. Hernanes foi poupado, mas poderia ter entrado no segundo tempo.

Enfim, o Sport jogou bem novamente. Mas o que destaco aqui é a entrega de todos os jogadores, que não estão vendo bola perdida. Mostram que estão bem com a filosofia do técnico Gustavo Valentín e que estão disputos a mudar a situação do Leão o Brasileirão.

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