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Acidente com avião da Chapecoense completa 5 anos; relembre a tragédia

71 pessoas morreram no acidente, sendo 19 jogadores

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Haim Ferreira

Publicado em 28/11/2021 às 6:00 | Atualizado em 02/12/2021 às 17:58
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Neste domingo (28) se completam cinco anos da maior tragédia do futebol brasileiro. Nesta mesma data, há cinco anos, o avião que levava os jogadores da Chapecoense à final da Copa Sul-Americana 2016 caia na Colômbia, levando a morte 71 pessoas, sendo 19 jogadores do time catarinense. Relembre o caso:

O acidente

O voo que transportava a equipe da Chapecoense partiu à noite de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em direção a Medellín, onde o time enfrentaria o Atlético Nacional. A Aeronáutica Civil boliviana disse que o avião decolou em "perfeitas condições".

Por volta de 1h15 da madrugada, a aeronave perdeu contato com a torre de controle e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.

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19 jogadores da Chapecoense faleceram no acidente - AFP

Os mortos

Entre os 71 mortos, vinte eram jornalistas brasileiros, nove dirigentes do clube, incluindo o seu presidente, dois convidados, quatorze da comissão técnica, incluindo o treinador Caio Junior e o médico da equipe, sete tripulantes e dezenove jogadores. Os jogadores foram:

Goleiros: Danilo
Laterais: Gimenez, Dener e Caramelo
Zagueiros: Marcelo, Filipe Machado e Thiego
Volantes: Josimar, Gil, Sérgio Manoel e Matheus Biteco
Meias: Cleber Santana e Arthur Maia
Atacantes: Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela

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Ex-Sport, Ananias foi uma das vítimas - AFP

Os sobreviventes

Seis pessoas foram resgatadas com vida e foram levadas ao hospital: os jogadores Alan Ruschel, Neto e Follmann, o jornalista Rafael Henzel, o técnico da aeronave Erwin Tumiri e a comissária de bordo Ximena Suarez.

Já o goleiro Danilo tinha sido resgatado com vida, mas morreu no hospital. Rafael Henzel acabou falecendo no ano passado vítima de um infarto.

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Neto, Folmann e Ruschel, os únicos três jogadores sobreviventes da Chapecoense - AFP

Luta por indenização

Nenhuma família conseguiu receber ainda a indenização da seguradora da LaMia, empresa responsável pelo voo.

Uma decisão da Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, deu em primeira instância a vitória a 40 famílias das vítimas uma valor somado em indenizações de cerca de R$ 4,5 bilhões. No entanto, a condenação é de primeira instância e as seguradoras da empresa recorreram da decisão. Assim, o dinheiro destinado às famílias segue inviabilizado.

Segundo o advogado Marcel Camilo, responsável pela representação, é necessário que as agências reguladoras de Brasil e Colômbia reconheçam os erros que culminaram na tragédia.

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Avião da Lamia que caiu - REPRODUÇÃO DA INTERNET

Consagração como campeão

A maior homenagem prestada à Chapecoense se deu por parte do Atlético Nacional-COL, adversário que os brasileiros enfrentariam na final da Sul-Americana. Os colombianos se recusaram a aceitar o título da competição e cederam aos catarinenses.

Na hora em que a partida iria acontecer, os colombianos lotaram o estádio Atanasio Girardot, em Medellin. Vestidos de branco e carregando flores, os torcedores entoavam cânticos de apoio à Chapecoense.

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Sobreviventes da Chapecoense recebem o troféu da Sul-Americana - AFP

Vamos, vamos Chape

A música "Vamos, vamos Chape" virou um hino do futebol brasileiro em 2016, entoada em todos os estádios por todas as torcidas em forma de homenagem. A canção se popularizou após um vídeo dos jogadores da Chapecoense comemorando a ida para a final da Sul-Americana nos vestiários.

 

Minuto 71

Há cinco anos a Arena Condá registra um espetáculo à parte ao minuto 71 (26 minutos do segundo tempo) de cada partida. O “Vamos, vamos Chape”, ecoado por todos os torcedores presentes no estádio - inclusive os do setor visitante - se consolidou como uma homenagem a todos os 71 eternos guerreiros faleceram no acidente.

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