Ao vivo, Zé Roberto invade entrevista e emociona Deyverson após depoimento
Deyverson esteve presente no Flow Sport Club desta quinta-feira (2)
Autor do gol do título do Palmeiras na Libertadores, o atacante Deyverson marcou presença no podcast Flow Sport Club na manhã desta quinta-feira (2) e caiu no choro quando se deparou com o depoimento de um ídolo e ex-companheiro de equipe. Ao vivo, o ex-atleta Zé Roberto invadiu a entrevista e contou um pouco sobre a chegada de Deyverson ao Palmeiras. "Quando me falaram que o Deyverson ia estar aqui, eu tinha que parar tudo para vir", disse o ex-volante.
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"Hoje é legal receber o Deyverson aqui e fazer homenagens ou parabenizar, é legal, tem que ser feito sim. Mas só ele sabe o que passou para chegar aqui hoje e receber a homenagem de você e dos torcedores que estão do lado de fora para ter a camisa assinada. Quando me falaram que ele estaria aqui não vim para homenagear, quis trazer a memória e a esperança. Quando eu recebi ele no clube, eu concentrava sozinho e toda noite eu parava para fazer uma oração. Eu sentia no meu coração de convidar ele para o meu quarto, mesmo sem o conhecer. Eu falei pra ele no meu quarto: 'Deus te trouxe para o Brasil, te trouxe para esse clube para te honrar'. Ele não entendeu muito aquilo que eu falei, mas hoje está se cumprindo uma oração de um coração aquebrantado, e de um cara que tem um coração enorme", ressaltou.
Zé Roberto foi companheiro de clube de Deyverson em 2017, ano da aposentadoria do ex-lateral e volante. Durante três temporadas, a relação entre os dois era de mentor e mentorado, mas que chegou a se aproximar de um laço familiar.
"Ele passou uma fase dentro do clube que as lágrimas, só ele derramou, porque é difícil ser um jogador, receber críticas e não poder se manifestar. O seu manifesto é dentro do seu quarto chorando. Eu senti isso em um dia que eu estive em uma função, onde me colocaram como assessor técnico, mas eu não exercia essa função, eu era um amigo, um mentor, um conselheiro", contou o ex-atleta.
"E alguém da diretoria disse que eu precisava chamar o Deyverson e aconselhar porque ele estava prestes a sair do clube. As primeiras pessoas que eu identifiquei que poderiam me ajudar no processo foram três pessoas importantes da vida dele: irmão, pai e mãe, que sempre iam visitar ele no CT. Eu chamei o irmão dele e perguntei o que a gente podia ajudar, o que o Deyverson era para ele. Ele me respondeu dizendo que o Deyverson não é só irmão, era amigo e tem um coração enorme. Perguntei ao pai e ele disse que é o coração que eu já conhecia. A mãe dele disse que o Deyverson era um menino que desde pequeno precisava de muita atenção. Essa aproximação que sua família me falou... eu me identifiquei com você, porque é um processo que só você sabe que precisava passar. Chegou em um clube sem amigos, rejeitado, desconhecido e a pessoa que se aproximou de você foi a que menos você esperava. Isso foi uma transformação na sua vida. Não fui só seu companheiro dentro de campo, fui seu pai, sua mãe e seu irmão", completou.
Confira a entrevista completa