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Governadora Raquel Lyra e SDS explicam documento da PM e garantem segurança em Sport x Ceará

Nota da PM nesta quarta-feira causou desconforto com o Sport, que estuda jogo no Arruda

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Thiago Wagner

Publicado em 03/04/2024 às 20:57 | Atualizado em 03/04/2024 às 21:06
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Em entrevista ao programa O Povo na TV, durante evento na Arena de Pernambuco, a Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, garantiu que a segurança pública para Sport x Ceará, pelas quartas de final da Copa do Nordeste, está garantida.

"Estamos prontos para fazer a partida. Segurança tá garantida", disse Lyra para TV Jornal. "Nossos homens da polícia militar e nossas mulheres da polícia militar estão prontos para que a realização seja feita da melhor maneira possível", complementou.

Confira a entrevista da governadora Raquel Lyra

A declaração veio em meio a um dia de desconforto e explicações por parte do governo, após um documento vazado da Polícia Militar que recomendava a partida sem público afim de garantir um cenário de "absoluta segurança". O termo foi um questionamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e interpretado como um evento com ausência de riscos, o que levado ao pé da letra significaria um jogo sem torcida.

"Segurança absoluta é algo muito relativo e como se dá esse termo. A gente não consegue garantir segurança absoluta em nenhum local nem daqui do Brasil e nem do mundo", ponderou Raquel Lyra. A mesma explicação foi dada pelo secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, em coletiva na tarde desta quarta-feira.

"Nós garantimos a segurança da partida, com ambas as torcidas. Agora essa é uma decisão (sobre não ter torcida) que não cabe à Secretaria de Defesa Social nem à Polícia Milita, cabe ao STJD e à CBF", afirmou o secretário. 

A governadora ainda argumentou que Pernambuco já recebeu vários eventos e que vai ter a final do Campeonato Pernambucano, entre Sport e Náutico, na Arena de Pernambuco, neste sábado (6), com mais de 900 policiais trabalhando. Ela ainda acrescentou que não cabe ao governo tomar uma decisão sobre a presença de torcida ou não no estádio e que o trabalho de combate à violência no futebol também deve envolver federação e clubes.

"Importante o envolvimento também da Federação Pernambucana de Futebol e dos clubes para que a gente possa tirar da frequência dos estádios aqueles que em vez de serem torcedores promovem ações de crimes que colocam em risco a dignidades do nosso povo".

Apesar das explicações, o documento da PM gerou certo ruído na direção do Sport. Segundo informações do repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, o clube já iniciou conversas para mandar o jogo contra o Ceará no Arruda ao invés da Arena de Pernambuco, que pertence ao Governo do Estado. Lembrando que desde o começo do ano o Leão joga na arena por conta de reformas na Ilha do Retiro.

O clube rubro-negro ainda se demonstrou surpreso com o documento da PM e disse que esperava uma reversão de postura por parte do governo.

Como surgiu o documento da PM?

O documento da Polícia Militar veio em resposta a um questionamento do STJD sobre a segurança da partida, visto que a Federação Cearense de Futebol pondera que a partida não deveria ter público uma vez que o Sport foi punido com oito jogos sem torcida pelo próprio tribunal devido ao atentado ao ônibus do Fortaleza, na madrugada do dia 22 de fevereiro, após partida contra o Sport. Seis jogadores ficaram feridos em um caso que ganhou repercussão nacional.

Entenda documento da PM

Apesar da punição, o Sport recorreu e conseguiu um efeito suspensivo para ter torcida. O julgamento do recurso pelo STJD será no dia 9 de abril. Já o duelo entre Sport e Ceará, apesar de não ter confirmação da CBF, deve ocorrer no dia 10 de abril.

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