Conheça a Reserva de Lwiro, um refúgio para animais traumatizados
A Reserva de Lwiro serve de refúgio e abrigo para animais traumatizados
Sozinhos ou em grupos, grandes macacos saltam de um galho ao outro enquanto as fêmeas, com os bebês em suas costas, abrem passagem na reserva verde do Centro de Reabilitação de Primatas de Lwiro (CRPL). O refúgio para animais traumatizados fica no leste da República Democrática do Congo (RDC).
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Distante 45 quilômetros ao oeste de Bukavu, capital da província de Kivu do Sul, esta Reserva acolhe, entre muitos outros, chimpanzés, gorilas, bonobos (chimpanzés-pigmeus) e outros pequenos macacos órfãos ou resgatados da caça furtiva. Essa região é assolada pela insegurança, fruto dos confrontos e ataques de dezenas de grupos armados.
Na Reserva de Lwiro, os animais não são só bem alimentados, como também desfrutam de atendimento médico e psicológico para se recuperarem de seus traumas.
Refúgio para animais traumatizados
"Esses bebês chimpanzés órfãos chegam aqui como consequência da insegurança e da guerra", afirmou à AFP o diretor do centro, Sylvestre Libaku, enquanto pede às autoridades para que pacifiquem a região para "permitir que os animais vivam tranquilamente em seu habitat natural".
Estabilizar um animal requer várias semanas e até meses de esforços. É, por exemplo, o caso de Tarzan, um chimpanzé que foi acolhido em junho do ano passado em Bunia (província de Ituri) e que ainda vive afastado, sob quarentena. Tarzan ainda apresenta feridas não cicatrizadas no crânio, mas "agora está melhor. Os pelos estão começando a crescer, mas ele ainda deve permanecer em uma gaiola antes de conviver com os outros", explica Libaku.
O centro acolhe atualmente 110 chimpanzés que consomem seis quilos de comida (frutas, cereais, verduras) diária per capita, enquanto os filhotes são alimentados com mamadeira.
Mesmo importante, CRPL conta com apenas 4 hectares de superfície. Muitos animais vêm de grandes florestas, nas quais perambulam em absoluta liberdade, e aqui "se sentem prisioneiros", devido ao espaço muito pequeno, afirma o veterinário Assumani Martin, que trabalha no CRPL.