O governo do Paraná anunciou que assina nesta quarta-feira (12) um convênio com a estatal russa para produzir a vacina Sputnik V. Pelo acordo, o estado poderá testar, produzir e distribuir a vacina. A Rússia anunciou hoje que registrou sua vacina, inicia a produção em massa em setembro e começará a distribuí-la no país em outubro.
O governador Ratinho Júnior (PSD) e o embaixador da Rússia devem assinar o convênio às 14h de hoje.
Depois disso, o governo russo deve compartilhar o protocolo usado para a Anvisa, para que a agência brasileira libere as estapas no país.
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Não há data definida para o começo da ação no Paraná justamente porque é preciso liberação da Anvisa para a testagem e distribuição de vacinas.
No início do mês, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), também demonstrou interesse em uma parceria com a Rússia. "Nós tivemos, na semana passada, uma reunião pela internet com o embaixador da Rússia, demonstrando interesse da Bahia e dos estados do Nordeste em ter essa parceria, tanto para ajudar a fazer os testes da vacina, como eventualmente participar do processo de vacinação. Nós não temos convicção aqui das datas, mas formalizamos isso na sexta-feira através de uma correspondência na Embaixada Russa, demonstrando todo o nosso interesse", afirmou ele, em entrevista à TV Bahia.
O Paraná já havia anunciado em 24 de julho que uma cooperação com a Rússia estava em andamento. O possível acordo foi discutido em uma reunião que aconteceu em Brasília entre o chefe da Casa Civil, Guto Silva, e o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov.
Vacina russa
O presidente russo Vladimir Putin disse hoje que seu país é o primeiro a registrar uma vacina contra o coronavírus. Afirmou que os testes feitos já foram suficientes e que inclusive uma de suas filhas foi imunizada.
A comunidade internacional questiona ausência de publicações científicas falando da eficácia e desenvolvimento da Sputnik V.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), em levantamento no dia 31 de julho, a vacina russa ainda estava na fase 1 de processo - são 3 etapas ao todo. Hoje, a OMS afirmou que nenhum país precisa de sua aprovação para registrar uma vacina, mas que a entidade precisa ter acesso aos dados da pesquisa para avaliar a eficácia e segurança da imunização antes de validá-la.
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