Mesmo com índices recordes de desmatamento na Amazônia, o vice-presidente Hamilton Mourão avaliou nesta quarta-feira, 23, que há tendência de queda no desmate da região. Ele atribuiu isso ao trabalho "consistente" do governo e à atuação "incisiva" da Polícia Federal contra a exploração ilegal de madeira.
"Nós já estamos, desde junho, numa tendência de queda nos índices de desmatamento. Tivemos aquele aumento em outubro, mas novembro uma redução muito significativa", disse para jornalistas na chegada à vice-presidência nesta manhã de quarta-feira. Mourão citou que as operações na Amazônia continuam sobre o controle das Forças Armadas até 30 de abril de 2021. Desde maio, o governo conduz a Operação Verde Brasil 2 que combate crimes ambientais na região.
Mourão preside o Conselho Nacional da Amazônia, mas ressaltou que não é sua atribuição cuidar da política ambiental do governo. "Eu não sou responsável pela questão ambiental do governo, o governo tem um Ministro do Meio Ambiente", disse.
"A Polícia Federal tem atuado aí de uma forma muito, vamos dizer assim, muito incisiva diante da questão da exploração ilegal de madeira. Agora mesmo tem essa apreensão lá na divisa do Pará com o Amazonas de, em torno, 110 mil metros cúbicos de madeira. Então, nós estamos com um trabalho bem consistente", acrescentou.
Apesar da fala de Mourão, o desmatamento na Amazônia de agosto de 2019 a julho de 2020 foi 9,5% maior em relação ao mesmo período anterior. Essa é a estimativa do Prodes - o sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que fornece a taxa oficial de desmatamento da Amazônia no período de um ano.