SAÚDE

Vacina Coronavac apresenta 78% de eficácia no Brasil, diz governo de São Paulo

Dados foram apresentados nesta quinta-feira (7) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela autorização de vacinas no país

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Estadão Conteúdo

Publicado em 07/01/2021 às 12:38 | Atualizado em 07/01/2021 às 13:34
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A vacina Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, apresentou eficácia de 78% nos estudos finais realizados com voluntários do Brasil, segundo pronunciamento do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O gestor afirmou, ainda, que fez o pedido de uso emergencial do imunizante à Anvisa e que pretende manter o cronograma já divulgado anteriormente, dando início à vacinação no estado no dia 25 de janeiro.

A vacina teria apresentado também até 100% de eficácia em pacientes que foram imunizados e que pudessem desenvolver casos graves e moderados da doença. O mesmo porcentual foi observado em pacientes que seriam internados em hospitais com a covid-19. Na prática, segundo o governo paulista, os pacientes de grupo de risco ou que seriam internados em UTIs terão a "vida salva" e, os restantes, "chances mínimas de agravamento a covid-19".

"Hoje é um dia muito importante para o Brasil, para os brasileiros, para a vida e para a saúde. A vacina do Instituto Butantan tem eficácia de 78% a 100% contra a covid-19, apontam os estudos no Brasil. Esse resultado significa que a vacina tem elevado grau de eficiência e eficácia para proteger a vida dos brasileiros contra a covid-19", disse o governador. "Hoje pela manhã o Instituto Butantan, junto ao governo de São Paulo, iniciou o pedido de utilização emergencial junto à Anvisa. O objetivo é iniciar a vacinação em São Paulo no dia 25 de janeiro, conforme programado. O objetivo é fornecer a vacina para todo o Brasil, através do Ministério da Saúde", completou.

Para uma vacina ser aprovada, precisa ter ao menos 50% de cobertura. No fim de dezembro, o governo e o Butantan disseram que o imunizante superou o índice mínimo de eficácia exigido pelas agências regulatórias, mas não deram o porcentual exato. Já havia afirmado, ainda, que a Coronavac garantiu segurança total contra mortes por coronavírus.

Desde 20 de julho, 13 mil profissionais de saúde voluntários em oito estados brasileiros receberam duas doses com 14 dias de intervalo entre elas. Desses, em torno de 220 deles foram infectados pelo Sars-CoV-2. O Butantan, que não comentou os dados, deverá revelar em entrevista coletiva nesta tarde quantos receberam vacina e quantos, o placebo salino.

Assista ao pronunciamento do governo de São Paulo

Vacinação em São Paulo

Nessa quarta-feira (6), Doria disse acreditar que toda a população de São Paulo estará vacinada contra a covid-19 ainda em 2021. 

Em 25 de janeiro, começarão a ser receber doses profissionais de saúde, indígenas e quilombolas. A partir de 8 de fevereiro, serão imunizados idosos com 75 anos ou mais. Na semana seguinte, a partir do dia 15 de fevereiro, será a vez da população de 70 a 74 anos. A partir de 22 de fevereiro, receberá a imunização a faixa de 65 a 69 anos. Por fim, no dia 1º março, será o grupo com 60 a 64 anos.

A previsão é vacinar 9 milhões de pessoas nessa 1ª fase, que vai até 28 de março - 7,5 milhões com 60 anos ou mais, além dos trabalhadores de saúde, indígenas e quilombolas. Não foi informado como será a vacinação dos demais grupos de risco da covid-19, como pacientes de doenças crônicas.
Serão duas doses por pessoa, com intervalo de 21 dias entre cada uma. Em dezembro, Doria afirmou que não será necessário comprovar residência no Estado para tomar a vacina.

Conforme o governo, além dos 5,2 mil postos de vacinação no Estado, poderão ser usados para imunização escolas, quartéis da Polícia Militar, terminais de ônibus, estações de trem, farmácias e postos drive-thru, o que elevaria para 10 mil os locais de aplicação de doses. Esses espaços funcionarão de segunda a sexta, das 7h às 22h, e aos sábados e domingos, das 7h às 17h.

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