Folha de S. Paulo chega ao centenário de olho no futuro

Completando 100 anos nesta sexta-feira (19), a Folha de S. Paulo comemora seu aniversário realizando diversos lançamentos. Fundado no dia 19 de fevereiro de 1921, o jornal considera que o centenário é motivo de orgulho, por conta de sua trajetória. A partir desta sexta-feira (19) até o final do mês, a Folha apresentará uma série de conteúdos inovadores em diversas plataformas. Durante os meses seguintes, sempre no dia 19, um projeto especial será publicado pelo jornal.

O presidente do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, João Carlos Paes Mendonça, enviou mensagem de congratulações ao empresário Luiz Frias, presidente da Folha de S. Paulo. Para João Carlos, “a celebração de 100 anos da Folha de São Paulo é uma conquista de toda a sociedade que acredita na democracia e na relevância do acesso à informação de qualidade. O papel da imprensa tem sido colocado à prova com todas as transformações que o segmento enfrenta. Por mais que os canais se renovem, a essência do jornalismo sério segue firme”. 

Lançamentos

Em clima de comemoração, a Folha lançará uma nova edição do Manual da Redação. Ampliada, ela terá trechos sobre liberdade de expressão, diversidade, mobilidade e assédio sexual e moral. O jornal também realizará o lançamento da coleção 100 Anos de Fotografia, com dez livros que reúnem imagens raras do acervo do jornal; da cátedra Otavio Frias Filho, na USP, voltada aos estudos sobre jornalismo, diversidade e democracia; do acordo da Folha com o Público, um dos principais jornais de Portugal, criando um intercâmbio de publicações entre os dois veículos e uma parceria com a produtora Conspiração para uma coluna semanal, com ensaios pessoais sobre situações em que acontecimentos casuais mudaram vidas.

A Folha de S. Paulo também passará a contar com um programa de treinamento para jornalistas negros. No ano de 2019, a Folha já havia criado a editoria de Diversidade, que é dedicada à publicação de conteúdo que reflita a variedade da sociedade brasileira.

Nos últimos meses, o jornal criou a editoria de Newsletters; aumentou o número de podcasts, liderados pelo Café da Manhã, com episódio novo todos os dias úteis, e ampliou a atuação do núcleo de jornalismo de dados, o DeltaFolha. 

Trajetória

A Folha de S. Paulo encerrou a década como o jornal com mais assinantes do país, de acordo com o Instituto Verificador de Comunicação (IVC Brasil). No ano passado, ainda segundo o IVC, a Folha registrou a maior média mensal de pagantes entre os veículos, levando em conta a soma das versões digital e impressa do jornal. Com média de 337.854 exemplares diários pagos por mês, a Folha registrou um crescimento de 3% em 2020. 

Pioneira no jornalismo digital, a Folha foi o primeiro jornal a ter um site de notícias em tempo real, no ano de 1995. Em 2010, as Redações digital e impressa foram integradas. A Folha também foi pioneira no modelo de negócio, em 2012, ao implementar no Brasil o paywall poroso, formato de cobrança de conteúdo no ambiente online que perdura até hoje e foi adotado por outros veículos. Com o modelo, o crescimento das vendas de assinaturas digitais foi de 200% durante a cobertura da pandemia do coronavírus. 

O jornal considera que os avanços no campo digital só foram possíveis graças a uma diretriz consolidada há pelo menos quatro décadas, a busca sistemática da Redação por informações exclusivas. As inovações do jornal estão em consonância com o Projeto Folha, que prioriza um "jornalismo crítico, pluralista e independente. Aos 100 anos, o jornal continua aprendendo com as dificuldades e vigiando e vigiando sem medo os poderes constituídos. E segue mais forte do que nunca para os 100 anos que virão".