Covid-19
São Paulo anuncia que vai antecipar vacinação e flexibilizar comércio no Estado
Medida será possível, segundo o governador João Doria (PSDB), por causa da compra de 4 milhões de doses adicionais da Coronavac
O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira, 7, que antecipará o calendário de vacinação contra a covid-19 no Estado. A medida será possível, segundo o governador João Doria (PSDB), por causa da compra de 4 milhões de doses adicionais da Coronavac, diretamente com a farmacêutica chinesa Sinovac. O novo calendário de vacinação no Estado não foi divulgado. O governo também anunciou a flexibilização das regras para o funcionamento do comércio, diante da redução das taxas de hospitalizações no Estado.
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Segundo o governo do Estado, a entrega das doses da vacina Coronavac prometidas ao Ministério da Saúde será antecipada em 30 dias. A Coronavac é produzida no Instituto Butantan. O total de 100 milhões de doses deveriam ser entregues ao Ministério da Saúde no fim de setembro, mas, de acordo com o governo, será possível completar a entrega até o dia 31 de agosto.
De acordo com Doria, foram adquiridas diretamente com a Sinovac 4 milhões de doses da Coronavac. Destas, 2,7 milhões chegam nesta quarta-feira a São Paulo e até o dia 26 de julho o Estado deverá receber o restante. "Já obtivemos a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A compra foi feita pelo governo de São Paulo e paga pelo governo de São Paulo. Isso não entra no Plano Nacional de Imunização, mas no Plano Estadual de Imunização", informou o governador.
O governo não informou as novas datas para a vacinação dos paulistas. Hoje, o calendário prevê vacinar com a primeira dose todas as pessoas acima de 18 anos até o dia 15 de setembro. Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, a vacinação dos adultos pode ocorrer "bem antes" de 15 de setembro.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse ainda que há a possibilidade de antecipação da segunda dose para as vacinas que estão sendo aplicadas com intervalo de três meses no Brasil. O tema será discutido pelo governo paulista nesta quinta-feira, 8. "Também precisamos ter mais doses de outras vacinas para que esse intervalo possa ser estabelecido. Se não tiver esse alento pela chancela do Ministério (da Saúde), por mais que essa decisão aconteça, operacionalmente terá entraves", completou Gorinchteyn.
Em coletiva nesta tarde, Doria também anunciou a ampliação em duas horas do horário de funcionamento do comércio a partir de sexta-feira, 9. E a capacidade máxima dos estabelecimentos será estendida para 60%. Os estabelecimentos comerciais poderão funcionar até as 23 horas - até agora, era até as 21 horas. O pedido de alimentos em restaurantes, no entanto, deve se encerrar às 22 horas. A flexibilização nas regras para o comércio vale até o dia 31 de julho.
Nesta quarta-feira, o governo de São Paulo publicou decreto que retira o limite máximo de alunos nas escolas da educação básica. Até agora, valia a regra de até 35% dos estudantes. A volta do ensino superior presencial também foi liberada. As faculdades deverão seguir os limites máximos relativos ao comércio, ou seja, poderão receber alunos com limitação de 60% da capacidade. Já as aulas práticas no ensino superior poderão funcionar sem restrição de alunos. As regras para o ensino superior, segundo o secretário da Educação, Rossieli Soares, valem a partir do dia 2 de agosto.
Governo de SP vai fazer eventos-teste
O governo informou ainda que vai realizar 30 eventos-teste a partir do dia 17 de julho. Os protocolos para a realização de eventos com público incluem vacinação, testagem e uso de máscaras. Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Patrícia Ellen, haverá monitoramento para acompanhar o impacto em relação ao contágio.
O primeiro evento-teste será a Expo Retomada em Santos. Em novembro, haverá o GP São Paulo de Fórmula 1 e, em agosto, uma corrida simbólica. Também estão previstos eventos noturnos, com música ao vivo.