Prisão

Traficante conhecida como 'Gatinha da Cracolândia' é presa em São Paulo

Com mais de 30 mil seguidores, ostentava vida de luxo paga pelo tráfico

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Do jornal Correio para a Rede Nordeste

Publicado em 23/07/2021 às 14:26
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Acusada de tráfico de drogas na Cracolândia, em São Paulo, Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, foi presa na quinta-feira (22) na cidade de Barueri. Na casa da traficante, a polícia apreendeu mais de 400 porções de crack, cocaína, maconha e ecstasy, além de quase 100 frascos de lança-perfume. A matéria é do jornal Correio para a Rede Nordeste.

Lorraine fazia sucesso nas redes sociais - tinha mais de 30 mil seguidores no Instagram, agora já desativado. Conhecida como "Gatinha da Cracolândia", a traficante estava na casa do namorado, preso pelo mesmo crime, quando foi localizada. Ela admitiu em depoimento o envolvimento com tráfico e mostrou onde guardava as drogas.

O local indicado é um prédio invadido na Rua Helvétia, no bairro de Santa Cecília, na capital paulista. Lá, foi apreendida uma mochila com 85 porções de maconha, 295 de cocaína e oito de crack. Também foram localizados 97 frascos de lança e 16 comprimidos de ecstasy. Outros itens apreendidos incluem R$ 750 em dinheiro, balança de precisão, uma faca, um machado e um celular.

De acordo com o delegado Roberto Monteiro, que investiga o caso, a “Gatinha da Cracolândia” levava uma vida de luxo sustentada pela venda de drogas. "Ela agia como liderança do tráfico. Nós temos em cada tenda (na Cracolândia) em média dez mesas, que são alugadas de outros traficantes. E ela era líder de um desses segmentos, substituindo seu companheiro, que está preso também por tráfico. Ela ostenta um nível de vida alto, e tudo isso proveniente do tráfico de drogas", disse ele ao G1.

Presa em flagrada, Lorraine está na carceragem da 89ª Delegacia (Jardim Taboão).

"Pessoas erradas"

Ao Cidade Alerta, o irmão dela afirmou que Lorraine "se envolveu com pessoas erradas" e que deve pagar pelos crimes que cometeu. "Ela se envolveu com pessoas erradas. Sempre foi uma pessoa boa, de família boa. A gente sempre deu conselho", lamentou Lorruan.

Ele contou que o pai deles, Ricardo, morreu há sete anos, assassinado com um tiro na cabeça. "Eu levei de uma maneira, sou irmão mais velho dela, e ela acabou levando de outra. Isso não justifica as atitudes dela, sempre falei isso pra ela, mas de certa forma pode ter influenciado", diz ele. "Jamais passo a mão na cabeça dela. O que ela fez tá errado, e ela vai pagar", acrescenta.

O rapaz mandou um recado para quem ficou feliz com a situação. "A vida tá aí pra mostrar que o que você faz você paga. Do mesmo jeito que ela está pagando, voce que deseja o mal, você que fica feliz pela queda dos outros, você também vai pagar".

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