Agricultura

Preços do café sobem. Frio e geada destruíram plantações no Brasil

O preço do grão arábica de café, de maior qualidade, disparou 60% desde janeiro. Além do frio, produtores já enfrentaram estiagem

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AFP

Publicado em 01/08/2021 às 16:22 | Atualizado em 01/08/2021 às 18:00
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A onda de frio que atingiu o boa parte do Brasil deixou as paisagem pintadas de branco pela geada. Uma notícia negativa para quem produz café. A planta é sensível ao frio. A geada pode até matar as plantas mais novas, fundamentais para as colheitas futuras. "Nunca vi uma geada igual essa, nunca vi não, essa foi terrível, para acabar com a gente mesmo", comentou Paulo Ronaldo, produtor rural. 

Além da geada, o Brasil sofreu uma seca histórica há alguns meses. Uma situação delicada para produtores de Minas Gerais, estado responsável por 70% da produção de café arábica do Brasil. "Em 2021 a gente passou uma seca muito grande aqui, 2021 não deu café, eu estava contando com 2022, aí agora vem essa geada, aí agora prejudicou bastante a gente, como a gente vai fazer?", acrescentou Ronaldo.

Produção de 2022 comprometida

"Existem algumas lavouras que foram ainda mais afetadas, que não perderam somente a produção de 2022 e 2023, porque são lavouras que foram muito queimadas e possivelmente vai ter que fazer uma poda mais drástica, ou seja, cortar essa planta embaixo, então ela vai gastar 3 anos para se recuperar, então essa planta só vai produzir café em 2024", explica Lucas Bartelega, engenheiro agrônomo

O preço do café do tipo arábica subiu ao maior nível desde fevereiro de 2014. "Nós estamos observando agora nesse ano de 2021, para a safra de 2022, que esse café dessas lavouras que foram afetadas vai fazer falta no mercado" continua Bartelega. O preço do grão arábica, de maior qualidade, disparou 60% desde janeiro.

 

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